Sem dramas nem crises políticas
A Noruega acabou de entregar o poder ao centro-direita, após oito anos de governação de Jens Stoltenberg do Partido Trabalhista. Curiosamente, este até foi o partido mais votado, conquistando 55 assentos num parlamento de 169, no entanto, a coligação de centro-esquerda não resistiu à subida dos vários partidos do centro-direita e de extrema-direita, nomeadamente do Partido Conservador, o segundo mais votado com 48 assentos parlamentares ganhos.
Perante este cenário -- e tal como também pode acontecer em Portugal --, seria pouco racional que fosse Stoltenberg (apesar de liderar o partido mais votado) a ser chamado a formar Governo, já que nunca consegueria obter uma coligação maioritária no parlamento.
Sem dramas ou crises políticas -- algo que numa situação deste género facilmente aconteceria em Portugal --, Stoltenberg assumiu de imediato a derrota na noite das eleições, enquanto Erna Solberg, líder do Partido Conservador, anunciou que iria iniciar conversações com as restantes formações políticas à direita para um Governo de coligação.