Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

Europa...a de Júpiter

Alexandre Guerra, 27.09.16

 

A primeira vez que ouvi falar na Europa, lua de Júpiter, foi já há uns longos anos, quando vi o filme 2010: The Year We Make Contact, lançado em 1984, a sequela do estrondoso 2001: A Space Odissey, ambos baseados na obra de Arthur C. Clarke. Na altura, ainda muito jovem, confesso a minha ignorância, porque pensei que a Europa era um nome ficcionado, uma lua remota a partir da qual a tripulação que tinha sido enviada a Júpiter detectara alguns sinais misteriosos que, na leitura de um dos membros daquela missão espacial, considerava ser um aviso para que se mantivessem afastados daquele satélite natural. A partir do momento em que percebi que a Europa era, efectivamente, uma lua de Jupiter, despertou em mim um certo fascínio, até porque algumas das notícais que depois ia lendo sobre aquele corpo celeste continham sempre algum grau de mistério e desconhecimento.

 

Ontem, a Europa voltou a fazer notícia, com a NASA a anunciar uma descoberta fantástica, dando conta da eventual existência de erupção de "plumas" de vapor água para o espaço a partir da sua superfícei gelada. “Europa’s ocean is considered to be one of the most promising places that could potentially harbor life in the solar system”, disse Geoff Yoder, administrador da Missão Científica da NASA. Afinal, o futuro da Humanidade sempre poderá passar pela Europa.

 

  

Do outro mundo

Alexandre Guerra, 09.07.12

 

 

O planeta Marte visto de uma perspectiva inédita, através de uma fotografia panorâmica divulgada pela NASA, composta por 871 imagens recolhidas pelo rover Opportunity entre 21 Dezembro e o passado dia 8 de Maio. Ao fundo vê-se a cratera Endeavour e o rasto do Opportunity.

 

A NASA decidiu divulgar esta fotografia para assinalar os três mil dias de missão daquele rover e os 15 anos seguidos de presença robótica em Marte. É importante relembrar que o rover Opportunity, tal como o seu "irmão" Spirit, chegou a Marte em Janeiro de 2004 com um prazo de vida previsto para três meses.

 

O Spirit trabalhou durante seis anos e o Opportunity ainda hoje continua a enviar imagens literalmente do outro mundo. 

 

Um susto no Espaço

Alexandre Guerra, 13.03.09

 

A Soyuz acoplada à ISS/Foto NASA

 

A tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS) teve de abrigar-se de emergência esta Quinta-feira na cápsula de fuga Soyuz, acoplada à estrutura principal, depois de ter sido dado um alerta de uma possível colisão de um detrito com cerca de 13 centímetros de diâmetro (o Diplomata sugere a audição da comunicação entre o centro de controlo em Huston e a ISS).

 

Sem tempo para se proceder a manobras evasivas na ISS, o cosmonauta Yury Lonchakov e os astronautas Michael Fincke e Sandra Magnus tiveram que se refugiar durante nove minutos na Soyuz. Embora o risco de impacto fosse reduzido, a verdade é que houve uma ameaça real de um detrito proveniente da "sucata" que paira em órbita.

 

Este é aliás um problema crescente, estimando-se que existam actualmente 18 mil objectos maiores do que 10 centímetros na órbita terrestre.

 

Há sensivelmente um mês, um satélite americano e outro russo, já desactivado, colidiram em pleno Espaço sobre a Sibéria, algo cuja probabilidade de acontecer era numa proporção de milhões para um, no entanto, o incidente causou a libertação de duas nuvens de detritos. 

 

Também em Janeiro de 2007, a China num exercício militar destruiu um satélite desactivado, provocando a fragmentação de 2500 detritos no Espaço.

 

Nos últimos 10 anos, a ISS foi obrigada a mudar de trajectória 8 vezes devido aos alarmes de colisão com detritos. Quanto à necessidade dos membros da ISS se refugiarem na cápsula de fuga, a NASA não especificou quantas vezes isso aconteceu no passado, informando apenas que esta não foi a primeira vez.