Será o fim da linha para Mitt Romney?
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Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais
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Há uns dias, em conversa de café, um dos melhores amigos do Diplomata dizia que a classe média nos Estados Unidos é verdadeiramente forte no que diz respeito aos rendimentos e ao poder de compra, uma realidade sentida pelo próprio "in loco" já que anda emigrado pelo Texas, mais concretamente em Dallas.
Tudo isto vem a propósito do anúncio que o candidato presidencial republicano fez esta manhã no programa "Good Morning America" da ABC.
Numa manobra que só pode ser vista pelos eleitores como de recurso e que contraria o seu discurso até à data, Mitt Romney revelou que pretende baixar os impostos para a classe média caso seja eleito. Uma medida, como se sabe, há muito defendida pelo actual Presidente Barack Obama e até hoje rejeitada por Romney.
Mas aqui coloca-se uma questão interessante e sobre a qual o autor destas linhas nunca tinha pensado: Com que parâmetros os dois candidatos presidenciais classificam a classe média? Ora é a resposta a esta pergunta que vai precisamente entroncar naquilo que foi aqui escrito inicialmente.
Antes de mais convém referir que o rendimento médio por agregado familiar nos Estados Unidos é de 50 mil dólares/ano, de acordo com informação divulgada esta semana pelo Census Bureau. Posto isto, Romney definiu hoje os agregados de classe média que tenham rendimentos anuais entre 200 mil a 250 mil dólares. Já Obama classifica de classe média todos os agregados que aufiram rendimentos "até" 250 mil dólares.
Seja como for, e tendo em conta as devidas nuances, através destes números já dá bem para ver o poder económico que as famílias da classe média americana têm.
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Numa reportagem da Al Jazeera em Charlotte, Carolina do Norte, sobre a abordagem política ao tema da pobreza nos Estados Unidos foi lembrado, e bem, que tanto Barack Obama como Mitt Romney têm ignorado este assunto, focando-se exclusivamente na classe média e nos milionários. Dizia o correspondente da Al Jazeera, Rob Reynolds, que é como se os candidatos ignorassem politicamente os 46 milhões americanos que vivem na pobreza.
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O atentado no cinema em Aurora, um subúrbio de Denver, perpetrado por um jovem de 24 anos fortemente armado e que vitimou 12 pessoas e feriu outras 59, que assistiam à estreia do último fime da saga Batman, poderá trazer para a campanha presidencial americana o tão polémico tema da "gun violence".
Nalguns blogues e imprensa online americana o assunto da regulação das armas na sociedade já mexe, e caso se confirme a sua entrada na agenda política, será, à partida, um tema bem mais incómodo para Mitt Romney do que para Barack Obama.
Texto publicado originalmente no Forte Apache.
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Barack Obama começou esta semana a utilizar artilharia pesada, eleitoralmente falando, recorrendo a uma estratégia mais agressiva, com o lançamento de alguns vídeos, adaptados a spots televisivos, em que é denunciado o lado capitalista mais impiedoso de Mitt Romney.
No primeiro vídeo ouvem-se vários testemunhos de habitantes de Kansas City que trabalhavam, com orgulho, numa fábrica de barras de aço com 105 anos, até 1993, quando Romney e alguns sócios se apoderaram da empresa. A partir daqui a fábrica entrou num processo de declínio até à sua falência. Os trabalhadores perderam os seus postos de trabalho e ficaram sem acesso às suas pensões e seguros de saúde.
No segundo vídeo é dado mais um exemplo de uma pequena empresa que conhecia dias felizes até ser tomada por Romney e seus sócios. Acabou por falir não sem antes, ouve-se no vídeo, os donos terem tirado 100 milhões para eles.
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