Afinal quem lançou o “rocket” que atingiu a Jordânia?
Por incrível que pareça, ninguém se acusa ou parece saber quem foi o responsável pelo lançamento do “rocket” que atingiu ontem Aqaba, cidade costeira da Jordânia banhada pelo Mar Vermelho. Os destroços do “misterioso” míssil, como lhe chama a BBC News, foram recolhidos pelas autoridades jordanas, tendo o primeiro-ministro, Samir Rifai, afastado a hipótese do lançamento ter sido efectuado do interior do país com o objectivo de atingir o Estado vizinho de Israel.
Pelo contrário, a Jordânia diz que Aqaba é que era o alvo, rejeitando, assim, a teoria de tratar-se de um possível lançamento falhado perpetrado por algum grupo terrorista a operar no seu território contra Israel.
No entanto, os israelitas não perderam tempo em descartarem-se de qualquer responsabilidade sobre o sucedido, tendo antes acusado os egípcios de serem os autores do lançamento, eventualmente, com o objectivo de atingir Eliat, mas que terá caído acidentalmente Aqaba. Claro está que o Cairo rejeitou esta teoria.
Uma coisa é certa, a região israelita de Eliat, muito próxima de Aqaba, é um alvo potencial para os grupos radicais islâmicos que se movimentam no sul da Jordânia e no deserto do Sinai egípcio, tendo no passado já perpetrado vários ataques contra aquela cidade turística judaica.
As autoridades jordanas, inclusive, detiveram em 2001 na zona de Aqaba terroristas do Hezbollah vindos do Líbano, que se preparavam para lançar “rockets” Katyusha sobre Eliat.
De acordo com as autoridades jordanas, o “misterioso” míssil é um Grad, de fabrico russo com alcance máximo de 40 quilómetros. Além deste “rocket” houve um outro que também terá sido lançado, mas caído no mar.