Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

Afinal quem lançou o “rocket” que atingiu a Jordânia?

Alexandre Guerra, 23.04.10

 

Por incrível que pareça, ninguém se acusa ou parece saber quem foi o responsável pelo lançamento do “rocket” que atingiu ontem Aqaba, cidade costeira da Jordânia banhada pelo Mar Vermelho. Os destroços do “misterioso” míssil, como lhe chama a BBC News, foram recolhidos pelas autoridades jordanas, tendo o primeiro-ministro, Samir Rifai, afastado a hipótese do lançamento ter sido efectuado do interior do país com o objectivo de atingir o Estado vizinho de Israel.

 

Pelo contrário, a Jordânia diz que Aqaba é que era o alvo, rejeitando, assim, a teoria de tratar-se de um possível lançamento falhado perpetrado por algum grupo terrorista a operar no seu território contra Israel.

 

No entanto, os israelitas não perderam tempo em descartarem-se de qualquer responsabilidade sobre o sucedido, tendo antes acusado os egípcios de serem os autores do lançamento, eventualmente, com o objectivo de atingir Eliat, mas que terá caído acidentalmente Aqaba. Claro está que o Cairo rejeitou esta teoria.

 

Uma coisa é certa, a região israelita de Eliat, muito próxima de Aqaba, é um alvo potencial para os grupos radicais islâmicos que se movimentam no sul da Jordânia e no deserto do Sinai egípcio, tendo no passado já perpetrado vários ataques contra aquela cidade turística judaica.

 

As autoridades jordanas, inclusive, detiveram em 2001 na zona de Aqaba terroristas do Hezbollah vindos do Líbano, que se preparavam para lançar “rockets” Katyusha sobre Eliat.

 

De acordo com as autoridades jordanas, o “misterioso” míssil é um Grad, de fabrico russo com alcance máximo de 40 quilómetros. Além deste “rocket” houve um outro que também terá sido lançado, mas caído no mar. 

 

Brown deita submarino nuclear Trident ao "fundo", mas fica com os seus mísseis

Alexandre Guerra, 23.09.09

 

O submarino nuclear britânico HMS Vigillant da classe Trident

 

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, aproveitou o seu discurso na 64ª Assembleia Geral das Nações Unidas reunida em Nova Iorque para dar uma novidade interessante.

 

Brown anunciou esta Quarta-feira, em tom de proposta, que o Reino Unido vai reduzir a sua frota de submarinos nucleares da classe Trident, passando dos actuais quatro para três.

 

Na base desta decisão está sobretudo uma preocupação com a problemática do controlo de armamentos, tendo Brown afirmado que os Estados nucleares terão que fazer esforços significativos no sentido de se caminhar para um mundo sem armas atómicas.

 

Por outro lado, o primeiro-ministro britânico enviou um recado aos países que procuram desenvolver tecnologia nuclear para fins duvidosos, como são o caso do Irão e da Coreia do Norte. Estes, segundo Brown, terão que perceber que à medida que os Estados nucleares forem reduzindo os seus stocks mais exigente e criterioso será o combate à proliferação nuclear.

 

No entanto, o caminho para a desnuclearização é longo, tendo o próprio Brown informado que apesar dos seus intentos em relação aos submarinos Trident não abdicará dos respectivos mísseis nucleares.