Os alinhamentos geoestratégicos e geopolíticos do futuro
Putin com Alexei Miller (dir.) da Gazprom e Zhang Gaoli (esq.), ontem em Namsky Highway/Foto: (RIA Novosti / Alexey Nikolsky)
Poucos deram atenção, mas ontem ocorreu um facto revelador daquilo que poderão ser os alinhamentos geoestratégicos e geopolíticos dos próximos anos na Ásia, com base na interdependência complexa entre os Estados. O Presidente russo, Vladimir Putin, e o vice-primeiro-ministro chinês, Zhang Gaoli, estiveram presentes no início da construção do novo gasoduto que vai ligar os dois países.
As obras arrancaram na Sibéria e pela primeira vez a parte oriental da Rússia vai estar toda ligada por um gasoduto que chegará à China. O "Power of Siberia", nome pelo qual o gasoduto é conhecido, era uma obra há muito ambicionada pelos dois países. São 4000 quilómetros e trata-se do maior projecto do mundo deste género. O gasoduto deverá começar a funcionar em 2019 e será um elo forte nas relações entre Pequim e Moscovo.
Por um lado, a China consegue uma fonte de energia segura e eficiente e, por outro, a Rússia garante a diversificação do seu mercado exportador, passando a depender menos da Europa.