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O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

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Um imprudente despedimento

Alexandre Guerra, 11.05.17

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O imprudente despedimento do director do FBI tem todos os contornos para se tornar num daqueles casos em Washington que acabam por fazer história pelas piores razões. Donald Trump justificou a sua decisão com a forma como James Comey conduziu a investigação ao caso dos emails privados de Hillary Clinton e com o facto de ter perdido a confiança dos seus pares e subordinados no FBI. A questão é que esses erros, que, efectivamente, o FBI cometeu, acabaram por beneficiar Trump e prejudicar Hillary Clinton e nada indicava que o Presidente fosse despedir Comey por este ter afectado inadvertidamente a campanha da sua adversária. Os democratas não acreditam na boa fé da medida de Trump e acusam-no de estar a querer fazer um encobrimento da investigação que o mesmo Comey estava a fazer às alegadas polémicas relações entre o círculo próximo de Trump e responsáveis russos. Aliás, neste momento, é essa a ideia que começa a passar para a opinião pública norte-americana. Alguns republicanos mostraram-se contra a decisão de Trump, no entanto, não subscrevem o pedido dos democratas para se nomear um procurador-especial para investigar esta questão. Esta tarde, durante a audição no Comité do Senado para as questões de Intelligence, o director interino do FBI, Andrew McCabe, contrariou a Casa Branca ao revelar que toda a estrutura daquela polícia mantinha o apoio a Comey.

 

Esta história começa a ter contornos perigosos para Donald Trump, com muitos já a recuperar o caso Watergate que levou à demissão de Richard Nixon. Caso se prove que o Presidente demitiu Comey para tentar encobrir a investigação que estava a decorrer sobre as relações entre pessoas próximas de si e figuras russas, pode estar aqui aquilo que muitos queriam: uma razão para iniciar o processo de "impeachment". É por isso que os democratas estão a insistir na nomeação de um procurador-especial, porque se olharmos para a história política recente dos EUA, vemos que sempre que um Presidente tem à perna um desses procuradores, raramente o processo deixa incólume o residente da Casa Branca. Basta recuarmos uns anos e vermos os estragos que o populista Kenneth Starr provocou. 

 

O Diplomata já tinha alertado para as explicações pouco convincentes do FBI

Alexandre Guerra, 30.05.13

 

O Washington Post avançou ontem uma notícia que vai de encontro àquilo que o Diplomata escreveu há dias, em que levantava várias questões estranhas relativamente à investigação que o FBI tem estado a fazer no âmbito do atentado de Boston de 15 de Abril, nomeadamente, sobre a morte de um suspeito na Florida, na semana passada, em circunstâncias mal explicadas.

 

Depois do Washington Post vir dizer que o suspeito morto afinal não tinha qualquer arma, contrariamente ao que foi dito inicialmente pelas autoridades, hoje foi a vez do pai do homem abatido vir dizer que o seu filho foi executado. 

 

O FBI ainda tem muita coisa por explicar

Alexandre Guerra, 22.05.13

 

À medida que o tempo vai passando mais luz se deveria fazer sobre os contornos nebulosos do atentado terrorista de Boston do passado dia 15 de Abril, que fez três mortos e mais de 200 feridos. No entanto, e apesar da detenção quase imediata de um dos supostos autores e da eliminação de outro, o FBI continua sem apresentar qualquer explicação coerente sobre o sucedido.

 

Logo após aquela "caça ao homem" em Boston, o Presidente Barack Obama avisou, em conferência de imprensa, que havia muitas questões por responder. Questões essas que continuam envoltas em mistério.

 

E pelos vistos as autoridades americanas continuam -- supostamente por motivos de força maior -- a "eliminar" possíveis fontes de informação. Veja-se, o seguinte: Ainda em circunstâncias por explicar, quatro dias após os atentados, a polícia de Boston matou um dos supeitos e feriu gravemente outro, a ponto de o impossibilitar de falar.

 

Agora, o FBI veio informar que hoje de manhã, em Orlando na Florida, foi abatido um outro homem com alegadas ligações ao suspeito morto no dia 19 de Abril.

 

As circunstâncias da morte desta manhã são no mínimo estranhas, já que o FBI se limitou a informar que aquele homem foi abatido quando atacou com uma faca o agente federal que lhe estava a fazer um interrogatório.   

 

Aos papéis

Alexandre Guerra, 18.04.13

 

Por incrível que pareça, o FBI continua sem pistas sólidas quanto ao(s) autor(es) dos atentados de Boston. Tirando algumas imagens e informações sobre os engenhos, a polícia norte-americana parece andar literalmente aos "papéis", chegando mesmo a pedir a colaboração de todos os americanos para fornecerem qualquer informação que conduza a uma pista.

 

Ao ver a CNN na Terça-feira à noite, o Diplomata constatava que os comentários dos jornalistas eram arrasadores para o FBI. E a cada dia que passa sem qualquer pista, a polícia de investigação federal americana vai ficando cada vez mais fragilizada. Pelo menos, as suas cúpulas.

 

Roswell, "the truth is always out there"

Alexandre Guerra, 09.05.11

 

 

Motivado por uma conversa sobre os incidentes de Roswell, no Novo México, em 1947, o Diplomata descobriu que um memorando do FBI, datado de 22 de Março de 1950, voltou a colocar recentemente o tema nas páginas dos jornais. O documento foi escrito pelo agente Guy Hottel e enviado para o director do FBI de então, J. Edgar Hoover, tendo sido revelado no mês passado no "The Vault", um site do FBI no qual são colocados vários tipos de documentos desclassificados.

 

Ora, isto bastou para que Roswell voltasse a alimentar a imaginação dos amantes das teorias alienígenas. No entanto, apesar da autenticidade do documento, o seu conteúdo é altamente duvidoso, e tudo leva crer que Hottel tenha involuntariamente relatado um embuste.

 

Curiosamente, o documento já tinha sito tornado público em 1977 ao abrigo do Fredoom of Information Act.    

 

Como tudo o que está relacionado com Roswell, também a história conspirativa do memorando é fascinante e a sua leitura é quase obrigatória.