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O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

James Bond (8)

Alexandre Guerra, 30.09.12

 

 

 

Uma estação espacial na órbita terrestre com condições para acolher humanos era o grande segredo do vilão Hugo Drax, que a partir dali pretendia iniciar uma nova (super) raça humana na Terra. O seu discurso na estação espacial é uma das cenas (acima) mais intensas da saga 007.

 

Perante o plano diabólico de Drax, James Bond vai a bordo da estação espacial, conseguindo, mais uma vez, salvar o mundo da destruição. 

 

Provavelmente, quando o filme foi lançado em 1979, em plena histeria com os temas espaciais por causa da saga Guerra das Estrelas, poucos teriam a noção que essa realidade estivesse tão perto. Sete anos depois, a União Soviética colocava em órbita a MIR, uma estação que iria durar até 2001 e acolher em permanência astronautas e cosmonautas.

 

James Bond (7)

 

James Bond (6) 

 

James Bond (5)

 

James Bond (4)

 

James Bond (3)

 

James Bond (2)

 

James Bond (1)

 

Um susto no Espaço

Alexandre Guerra, 13.03.09

 

A Soyuz acoplada à ISS/Foto NASA

 

A tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS) teve de abrigar-se de emergência esta Quinta-feira na cápsula de fuga Soyuz, acoplada à estrutura principal, depois de ter sido dado um alerta de uma possível colisão de um detrito com cerca de 13 centímetros de diâmetro (o Diplomata sugere a audição da comunicação entre o centro de controlo em Huston e a ISS).

 

Sem tempo para se proceder a manobras evasivas na ISS, o cosmonauta Yury Lonchakov e os astronautas Michael Fincke e Sandra Magnus tiveram que se refugiar durante nove minutos na Soyuz. Embora o risco de impacto fosse reduzido, a verdade é que houve uma ameaça real de um detrito proveniente da "sucata" que paira em órbita.

 

Este é aliás um problema crescente, estimando-se que existam actualmente 18 mil objectos maiores do que 10 centímetros na órbita terrestre.

 

Há sensivelmente um mês, um satélite americano e outro russo, já desactivado, colidiram em pleno Espaço sobre a Sibéria, algo cuja probabilidade de acontecer era numa proporção de milhões para um, no entanto, o incidente causou a libertação de duas nuvens de detritos. 

 

Também em Janeiro de 2007, a China num exercício militar destruiu um satélite desactivado, provocando a fragmentação de 2500 detritos no Espaço.

 

Nos últimos 10 anos, a ISS foi obrigada a mudar de trajectória 8 vezes devido aos alarmes de colisão com detritos. Quanto à necessidade dos membros da ISS se refugiarem na cápsula de fuga, a NASA não especificou quantas vezes isso aconteceu no passado, informando apenas que esta não foi a primeira vez.

 

Leituras

Alexandre Guerra, 16.02.09

 

Relativamente à primeira colisão (pelo menos conhecida) anunciada há uns dias entre dois satélites a gravitarem em pleno espaço, o New York Times escreve em editorial Space Vacuums? 

 

Um texto interessante e diferente sobre os 19 mil objectos humanos na órbita terrestre e as suas possibilidades de colisão entre eles.

 

Em Viena vai realizar-se este mês uma conferência das Nações Unidas para fazer um balanço das medidas aplicadas voluntariamente pelos Estados de forma a minimizar colisões espaciais.