Obama vai enviar soldados para a Austrália com a mira apontada para a China
Charles Dharapak/Associated Press
Um importante encontro e, também, muito revelador dos interesses geopolíticos e geoestratégicos de Washington. O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou esta Quarta-feira, durante uma conferência de imprensa com a primeira-ministra da Austrália, Julia Gillard, em Canberra, a mobilização de 2500 soldados americanos para bases australianas.
O importante desta medida não se prende tanto com o número de soldados enviados, já que se trata de um contingente relativamente pequeno, mas deve-se sobretudo ao seu significado político, já que é a primeira vez desde a Guerra do Vietname que os Estados Unidos aumentam a sua presença no Pacífico.
Obviamente que os sinais que a Casa Branca está a enviar vão directamente para Pequim, o que não é de estranhar já que, como escrevia o New York Times, sempre que os Estados Unidos olham para a Ásia vêem a China em todo o lado.
Perante este medida, o Governo da Austrália já foi avisado em editorial por um dos jornais estatais, mas de tom nacionalista e por vezes jucoso, para ter cuidado ao estar a facultar as suas bases para acolher soldados americanos, arriscando-se a ficar no meio do fogo cruzado entre Washington e Pequim.