O despacho...
"Russia is once again capable of deterring any other great power, defending itself if necessary, and effectively projecting force along its perphery and beyond. After a quarter century of military weakness, Russia is back as a serious military force in Eurasia."
Quem o escreve é Dimitri Trenin, director do Carnegie Moscow Center, depois de relembrar que nos primeiros anos a seguir à implosão da União Soviética, as forças armadas russas encolheram de 5 milhões para um milhão de homens e que os gastos em defesa passaram de 246 mil milhões de dólares, em 1988, para 14 mil milhões em 1994. Durante os anos 90 de Boris Yeltsin as forças militares russas foram perdendo toda a sua capacidade de projeção de poder e o seu prestígio. O acidente com o submarino nuclear Kursk, a 12 de Agosto de 2000, acabou por simbolizar tragicamente a degradação e a impotência de um Estado, que tinha deixado de garantir a capacidade de defesa dos seus próprios homens e equipamentos. Morreram todos os seus 118 tripulantes, num drama que, para lá da dimensão humana, humilhou toda a nação russa.