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O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

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Quando a política se torna mais atraente

Alexandre Guerra, 29.10.07


                                                                                                                              Reuters



O Diplomata não correrá um grande risco se afirmar que desde os tempos da invenção da política na Grécia clássica que aquela nobre arte de governar não é executada por pessoas bonitas. E não se está a falar do campo espiritual ou filosófico, mas sim do físico. Em Atenas, estava inerente à política uma certa ideia de beleza física e material que ao longo dos séculos se foi perdendo, ou melhor dizendo, transformando.



Hoje, o político é uma figura pouco atractiva que, nalguns casos, provoca sensações de repulsa e bastante desagradáveis junto dos cidadãos. Nalgumas situações, o político tornou-se num super-burocrata, ostentando um porte físico que não cativa câmaras nem olhos, sendo por vezes até motivo de aniquilação política. Basta relembrar o caso de Ferro Rodrigues que, devido aos seus parcos atributos físicos, todos os comentadores não hesitaram em condenar a sua potencial ascensão à liderança do Governo. Mas, também Marques Mendes foi vítima dessa ausência de atributos físicos, neste caso a altura.



Mas, a verdade é que a política destes dias tem sido desempenhada por pessoas sem qualquer tipo de atributos de beleza ou critérios estéticos. De vez em quando lá vai aparecendo um ou outro líder que desafia o tom cinzento que domina o cenário. Nesse capítulo, José Sócrates até é um dos exemplos positivos, tendo mesmo havido algumas vozes femininas que chegaram a chamá-lo de George Cloney português. Um exagero, talvez... Mas, os fatos Armani, Sócrates não dispensa.





                                                                                                                             Reuters


Perante um panorama desolador na política, Sególène Royal tornou-se num fenómeno de popularidade em França e no mundo, porque veio trazer à República francesa uma beleza até então desconhecida, tornando muito mais fácil o "consumo" de política.

 

Agora, chegou a vez de Cristina Fernández do partido Frente para a Vitória (peronista) e mulher do ainda Presidente argentino, Nestor Kirchner. Eleita este Domingo para suceder ao marido na "Casa Rosada" com uma larga margem, Cristina terá agora de corresponder às expectativas dos seus eleitores, mas, entretanto, já cativou pelo menos a atenção do autor destas linhas. Alexandre Guerra