Um erro
É um erro o Governo interino do Egipto classificar a Irmandade Muçulmana de organização terrorista. Só contribuirá para criar mais clivagens entre os egípcios. Tal como acontece com o Hamas, é preciso distinguir na Irmandade Muçulmana a esfera política e social das franjas radicais. Claro que ninguém é ingénuo ao ponto de acreditar que estas facções mais extremistas actuam sem qualquer tipo de conhecimento ou de cobertura das lideranças políticas do Hamas ou da Irmandade, no entanto, numa abordagem mais realista, não se pode ignorar a penetração desses movimentos nas suas sociedades enquanto estruturas políticas e sociais devidamente organizadas capazes de dar respostas a vários níveis.