A poderosa classe média americana
Há uns dias, em conversa de café, um dos melhores amigos do Diplomata dizia que a classe média nos Estados Unidos é verdadeiramente forte no que diz respeito aos rendimentos e ao poder de compra, uma realidade sentida pelo próprio "in loco" já que anda emigrado pelo Texas, mais concretamente em Dallas.
Tudo isto vem a propósito do anúncio que o candidato presidencial republicano fez esta manhã no programa "Good Morning America" da ABC.
Numa manobra que só pode ser vista pelos eleitores como de recurso e que contraria o seu discurso até à data, Mitt Romney revelou que pretende baixar os impostos para a classe média caso seja eleito. Uma medida, como se sabe, há muito defendida pelo actual Presidente Barack Obama e até hoje rejeitada por Romney.
Mas aqui coloca-se uma questão interessante e sobre a qual o autor destas linhas nunca tinha pensado: Com que parâmetros os dois candidatos presidenciais classificam a classe média? Ora é a resposta a esta pergunta que vai precisamente entroncar naquilo que foi aqui escrito inicialmente.
Antes de mais convém referir que o rendimento médio por agregado familiar nos Estados Unidos é de 50 mil dólares/ano, de acordo com informação divulgada esta semana pelo Census Bureau. Posto isto, Romney definiu hoje os agregados de classe média que tenham rendimentos anuais entre 200 mil a 250 mil dólares. Já Obama classifica de classe média todos os agregados que aufiram rendimentos "até" 250 mil dólares.
Seja como for, e tendo em conta as devidas nuances, através destes números já dá bem para ver o poder económico que as famílias da classe média americana têm.