Josefina traz uma certa dose de excitação às presidenciais mexicanas
Josefina Vázquez Mota/Edgard Garrido - Reuters
A presença das mulheres na alta esfera política parece ser uma tendência cada vez mais acentuada. E se nalguns casos o seu protagonismo na cena política resulta de um processo evolutivo, reflectindo a dinâmica das respectivas sociedades, noutras situações está-se perante autênticas rupturas nos sistemas político-partidários.
O México, um país politicamente conservador, dominado durante mais de 70 anos pelo Partido Revolucionário Institucional (PRI), vê agora surgir uma mulher para candidata às presidenciais de 1 de Julho pelo Partido de Acção Nacional (PAN), partido que nos últimos anos ocupou a presidência com Felipe Calderón.
Josefina Vázquez Mota, antiga ministra da Educação, bateu nas primárias o seu companheiro de partido e ex-titular da pasta das Finanças, Ernesto Cordero.
Josefina Vázquez Mota terá pela frente o candidato do PRI, Enrique Pena Neto, neste momento mais bem colocado nas sondagens.
À esquerda concorre Manuel López Obrador, do Partido da Revolução Democrática (PRD), que há seis anos tinha perdido as eleições para Calderon.
É a primeira vez na história do México que é nomeada uma mulher para concorrer ao mais alto cargo do Estado. Citado pela revista Time, Eric Olson, do Woodrow Wilson Center’s Mexico Institute, dizia que esta candidatura “injecta uma certa dose de incerteza (no bom sentido)". “Acrescenta o elemento histórico e talvez alguma excitação.”