Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

Wangari Maathai, uma "campeã" que quis inspirar as mulheres africanas

Alexandre Guerra, 26.09.11

 

 

Wangari Maathai (1940-2011)/Foto:The Guardian

 

Quando em 2004 foi laureada com o Prémio Nobel da Paz, a queniana Wangari Maathai tornava-se na primeira mulher a receber tão prestigiado galardão. O trabalho de uma vida na defesa dos direitos das mulheres, na luta pela transparência dos Governos e na promoção da sustentabilidade ambiental, fizeram dela uma justa galardoada e um exemplo a seguir por milhares de pessoas.

 

Ontem, em Nairobi, morreu aos 71 anos, vítima de cancro.

 

Em comunicado, o The Green Belt Movement, fundado por Maathai e responsável pela plantação de 20 a 30 milhões de árvores em África, sublinhou as suas características enquanto pessoa e lamentou a partida de uma mulher exemplar e de uma “heroína”

 

Ao longo do seu percurso enquanto activista, Maathai conheceu muitas adversidades, tendo inclusive estado presa por diversas vezes. Nunca cedeu ou baixou os braços, porque, como dizia sempre, um dos seus objectivos era poder inspirar outras mulheres a desempenharem um papel mais activo na comunidade.

 

Quando recebeu o Nobel em 2004, Maathai manifestou a esperança de que aquele prémio encorajasse outras mulheres a lutarem pela liderança nas suas sociedades.

 

Reagindo à morte de Maathai com profunda tristeza, a Presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, a primeira mulher africana a ocupar aquele cargo, disse que “África, particularmente as mulheres africanas, perdeu uma campeã”.