Obama reage aos "sinais" da opinião pública e declara Gripe A como emergência nacional
Americanos à espera de serem vacinados contra a Gripe A/Tracy A. Woodward
Dois dias antes de Portugal ter começado o programa nacional de vacinação contra o H1N1, o Presidente Barack Obama proclamou a Gripe A como um factor de “emergência nacional”. Uma medida que pouco mais vai fazer do que permitir aos hospitais agilizarem alguns processos internos perante a entrada de novos doentes.
Mais do que em critérios de saúde pública, a decisão de Obama assenta em pressupostos políticos e, de certa forma, sociais, já que com esta medida o Presidente dos Estados Unidos pretende transmitir uma mensagem de confiança para os americanos e responder aos seus anseios.
A decisão surge poucos dias depois da publicação de uma sondagem do Washington Post/ABC, na qual 52 por cento dos americanos revelam estar preocupados com a possibilidade contraírem, ou alguém da sua família, a Gripe A.
Obama percebeu que teria que se manter à altura das expectativas que o eleitorado tem depositado em si, nomeadamente ao nível da sua competência e da esperada capacidade de resposta.
Ora, esta é precisamente uma imagem que Barack Obama quer evitar a todo o custo, estando para já a ser hábil na leitura dos sinais enviados pelos americanos.