Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

Europeus mais próximos da UE do que se julgava

Alexandre Guerra, 30.03.15

 

Muito se fala do suposto distanciamento dos cidadãos europeus em relação à União Europeia e ao que ela representa, mas será que a percepção das pessoas é assim tão negativa sobre as instituições comunitárias e sobre o que elas significam? Recuperando o Eurobarómetro nº 82, de Outono último e divulgado em Dezembro (este é um estudo que se faz duas vezes por ano, sendo o outro da Primavera, que deverá ser divulgado daqui a dois/três meses), constata-se que a ideia do senso comum não parece corresponder ao verdadeiro espírito de muitos europeus. Ficam aqui algumas conclusões:

 

- Curiosamente, e ao contrário daquilo que seria de esperar, a imagem da União Europeia junto dos cidadãos europeus continua a melhorar desde a Primavera de 2013. 39 por cento dos europeus têm uma imagem positiva da UE, mais quatro pontos percentuais do que os resultados alcançados na Primavera passada e mais nove do que na Primavera de 2013. Apenas 22 por cento têm uma imagem negativa. Os restantes têm uma opinião neutra. Note-se, no entanto, que na Primavera de 2007, a imagem positiva era partilhada por 52 por cento dos inquiridos.

 

- Polónia (61%), Roménia (59%), Irlanda (53%), Bulgária e Luxemburgo (51%), são os países com maior percentagem de inquiridos com uma opinião positiva da UE. No campo oposto estão a Grécia, Chipre e Áustria, com a maioria dos inquiridos a terem uma imagem negativa da UE.

 

- Em Portugal, 38 por cento dos inquiridos têm uma imagem positiva da UE, enquanto 25 por cento têm uma imagem negativa.

 

- Outro resultado interessante é verificar que em média, os cidadãos europeus aumentaram os seus níveis de confiança nos governos e parlamentos nacionais. Desde o Eurobarómetro da Primavera de 2007, que é a primeira vez que a confiança dos cidadãos aumenta simultaneamente face às instituições comunitárias e nacionais.

 

- Já quanto à sensação que os europeus têm de que a sua “voz conta na Europa”, os suecos aparecem no topo da tabela com 72 por cento a considerarem que sim, seguido da Dinamarca, com 68 por cento e da Finlândia, com 62 por cento. No lado oposto, está o Chipre com 79 por cento a dizerem que a sua “voz não conta” na Europa, seguido da Grécia, com 76 por cento, e de Portugal, com 70 por cento.

 

O despacho...

Alexandre Guerra, 27.03.15

 

"This is all about Sunni vs. Shia, Saudi vs. Iran [...] The U.S. can't be a disinterested observer. Nobody's going to buy that. What we needed to do was pick a side."

 

Uma análise feita à Associated Press, por Michael Lewis, professor na Faculdade de Direito da Univerisdade do Norte de Ohio e antigo piloto da US Navy, a propósito do conflito interno que se vive no Iémen, onde os rebeldes Houthi (apoiados pelo Irão) conquistaram a capital Sanaa, obrigando o Presidente Abed Rabbo Mansour Hadi a abandonar o país. Entretanto, a Arábia Saudita iniciou ataques contra aquelas milícias para impedir que tomem conta do Iémen. Com as atenções de Riade e de Washington centradas nas Houthi, a al-Qaeda na Península Arábica (sunita) pode gozar de algum descanso.   

 

Apontamentos históricos

Alexandre Guerra, 23.03.15

 

"Apesar da resistência heróica, da competente direcção despótica da guerra, do completo desapreço pela vida humana e do desencadeamento de uma guerrilha implacável na retaguarda do avanço alemão, houve, em toda a fronteira russa de 1200 milhas, ao sul de Leningrado, um recuo geral de umas quatrocentas ou quinhentas milhas. A força do governo soviético, a firmeza do povo russo, suas reservas incomensuráveis de material humano, as vastas dimensões do país e os rigores do Inverno foram os factores que acabaram por destroçar os Exércitos de Hitler. Mas nada disso se evidenciou em 1941. O Presidente Roosevelt foi considerado muito temerário por declarar, em Setembro, que a frente russa resistiria e que Moscovo não seria tomada.A força e patriotismo gloriosos do povo russo confirmaram essa opinião."

 

in "Memórias da Segunda Guerra Mundial" de Winston S. Churchill (edição condensada de 1959)

 

Sem surpresa

Alexandre Guerra, 18.03.15

 

3987789014.jpg

Foto: Tomer Appelbaum/Haaretz

 

É difícil compreender como alguns jornais internacionais classificam de "surpreendente" a vitória do Likud de Benjamin Netanyahu nas eleições legislativas de ontem em Israel. É certo que à luz de algumas sondagens, a vitória, tangencial, estaria entregue à coligação de centro-esquerda. Mas, para quem conhece minimamente aquele país e a sua história política, sabe que tudo é possível no que diz respeito ao seu sistema eleitoral. Surpresas, mesmo, só para quem andasse muito distraído. 

 

Apontamentos históricos

Alexandre Guerra, 15.03.15

 

"Nós, é claro, queríamos reconquistar a Birmânia, mas não queríamos ter que fazê-lo mediante avanços terrestres saídos de comunicações precárias e atravessando o mais assustador terreno de combate que se possa imaginar. O Sul da Birmânia, com o seu porto de Rangum, era muito mais valioso do que o Norte. Mas tudo isso ficava muito longe do Japão. Eu desejava, ao contrário, deter os japoneses na Birmânia e romper e cruzar o grande arco das ilhas que compõem a franja externa das Índias Orientais Holandesas. Desse modo, toda a nossa frente imperial anglo-indiana avançaria pela baía de Bengala para um combate directo com o inimigo, usando o poderio a cada etapa."

 

in "Memórias da Segunda Guerra Mundial" de Winston S. Churchill (edição condensada de 1959)

 

Leituras

Alexandre Guerra, 11.03.15

 

No dia em que se assinala mais um aniversário dos atentados de Madrid, de 11 de Março de 2004, Fernando Reinares, investigador principal de terrorismo internacional no Real Instituto Elcano, escreve no El País uma reflexão sobre alguns factos que a maioria das pessoas desconhece. Por qué el 11-M dividió a los españoles revela as origens aqueles atentados, que remontam a 1994, altura em que a al Qaeda se instala em Espanha.

 

EU-Africa B2B Forum

Alexandre Guerra, 10.03.15

 

euacc.jpg

 

EU-Africa B2B Forum: First high level B2B event for the African and the European private sector

 

Register now: More than fifteen African countries invited

 

BRUSSELS, Kingdom of Belgium, March 10, 2015/ -- The EU-Africa Chamber of Commerce (http://www.eu-africa-cc.org) is pleased to invite stakeholders to the 1st edition of its EU-Africa B2B Forum planned on 06 – 08 May 2015 in Mons (Belgium), in partnership with Euronews as main media partner.

 

This high level Business-to-Business (B2B) event aims to bring together business professionals to discuss mutual opportunities, expectations and needs. Over five hundred (500) participants are expected for each day. The EU-Africa B2B Forum will enable business contacts between professionals from African and European private sectors, but also between European businesses themselves.

 

Registrations and exhibition stand bookings are open: http://www.eu-africa-b2b.com

 

The EU-Africa B2B Forum has also partnered to this year European Business Summit: Forty-five (45) African Business Leaders will have a privileged access to the European Business Summit on 06 May: http://www.ebsummit.eu

 

B2B meetings will take a predominant part of this event but the EU-Africa B2B Forum will also offer sessions for investment pitches and on key topics such as Energy, ICT, Mining & Raw Materials, Agro-business, Rail & Road, Business Law and Tourism.

 

Latest Agenda: www.eu-africa-b2b-forum

 

Private sector organizations from more than fifteen African and ACP countries have been invited, including: South Africa, Rwanda, Kenya, Cote d’Ivoire, Burkina Faso, Togo, Kenya, Senegal, Ethiopia, Benin, Cape Verde, Senegal, Madagascar, Morocco, Uganda, Angola, South Africa, etc.

 

High-level organizations, such as the European Commission, the African Union, the European Investment bank, as well as the African Development bank have also been invited to discuss opportunities and challenges for “Doing Business with Africa”.

 

The second day of the forum (08 May) will focus on the Tourism industry. The idea is to put in the spotlight a sector that brings benefit to different parts of the African private sector where the informal sector is still important.  On this point, Serguei Ouattara, President of the EU-Africa Chamber of Commerce said: “We believe that the development of a sustainable tourism industry in Africa can be a powerful engine for economic growth and job creation, and can stimulate the development of other sectors.”

 

The EU-Africa B2B Forum will take place in Mons, the Belgian city that is this year European Capital for Culture.

 

The EU-Africa Chamber of Commerce (EUACC) is headquartered in Brussels since 2012. The EUACC's mission is to promote the development of the African private sector and to encourage win-win and sustainable business partnerships between the European and African private sectors.

 

Distributed by APO (African Press Organization) on behalf of the EU-Africa Chamber of Commerce (EUACC).

 

Pág. 1/2