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O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

A confrontação enquanto condição natural

Alexandre Guerra, 13.01.15

 

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Primeira página da edição da Charlie Hebdo que vai para as bancas esta Quarta-feira 

 

Entre 1968 e 1973, em plena Guerra Fria, o produtor Arthur P. Jacobs levou até ao cinema a obra literária de Pierre Boulle, La Planète des Singes, escrita no início da década de 60, e que remete a condição humana para um estado primitivo quase "hobbesiano" e eleva os símios a um patamar de inteligência que os torna força dominante num planeta pós-nuclear.

 

Nos cinco filmes de Jacobs a relação entre opressor e oprimido vai-se alterando no tempo, à medida que a faculdade da inteligência evolui de um lado ou regride no outro. Nesta lógica, há sempre uma das comunidades que é subjugada sem qualquer capacidade de resposta. Aceita passivamente o seu destino. É uma sociedade opressiva, mas sem conflito

 

Tudo se altera quando ambas as comunidades têm a faculdade do conhecimento e interiorizam conceitos clássicos como a manutenção de poder e do "status quo" (força dominante) e o incitamento à revolta e à conquista de poder (força dominada).

 

Como em qualquer utopia negativa, quanto menor a inteligência e o conhecimento, mais "adormecidas" são as sociedades, assentes num estado letárgico de aparente tranquilidade e acalmia. Já uma democracia tem que ser alimentada pela criatividade de pensamento, porque é essa a condição para a expressão máxima de liberdade de cada cidadão, mesmo que isso implique a confrontação intelectual e, por vezes, material entre diferentes indivíduos e comunidades.

 

Da emoção à razão

Alexandre Guerra, 11.01.15

 

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Manifestação em Paris este Domingo/Foto: Le Monde 

 

Por razões compreensíveis, a emoção levou para a rua milhares de pessoas em várias cidades europeias, num gesto simbólico contra o terrorismo e em defesa dos pilares fundamentais das sociedades ocidentais, mas quando chegar a hora da razão, a pergunta que se impõe é a seguinte: até onde estarão estas mesmas pessoas dispostas a ir quando forem confrontadas com a necessidade de mudarem comportamentos e de o Estado assegurar mais recursos logísticos e financeiros para a luta anti-terrorista e para as operações de "intelligence"?

 

Dispatches from Brussels

Alexandre Guerra, 11.01.15

 

President Jean-Claude Juncker together with the High Representative Vice-President Federica Mogherini, and the Latvian Prime Minister Laimdota Straujuma, launched the European Year of Development during the visit by the College of Commissioners to Riga. Commissioner for International Cooperation and Development, Neven Mimica, and Commissioner for Environment, Maritime Affairs and Fisheries, Karmenu Vella, were also present.

2015 is set to be a special year for development, as the deadline for meeting the Millennium Development Goals; and for the next set of goals – the Sustainable Development Goals – to be put in place. At the event in the national Library of Latvia, President Juncker said: "One of my priorities for this Commission is to strengthen Europe as a global actor. Europe can only be a global actor if Europeans understand how the role of the European Union and its Member States benefits us all in our interdependent world. And since 2015 is an important year in this regard, it is very timely to have a European Year for Development that will seek to foster the direct engagement of our citizens."

“The aim of the European Year for Development is to inform EU citizens about development cooperation by highlighting the results that the Union, acting together with Member States, has achieved as a global player”, added Commissioner Neven Mimica.

 

Full press release in English: http://ec.europa.eu/europeaid/sites/devco/files/eyd2015-press-release-20150109_en.pdf

 

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