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O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

Dispatches from Africa

Alexandre Guerra, 28.11.14

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Tanzania refute claims to evict 40,000 Maasai from their land in Ngorongoro

 

The government of United Republic of Tanzania has never had any plan to evict the Maasai people from their ancestral land

 

DAR ES SALAAM, Tanzania, November 28, 2014/ -- The government of United Republic of Tanzania has never had any plan to evict the Maasai people from their ancestral land as falsely reported by the media in recent days. The information circulated through the media outlets globally was misleading, malicious and meant to tarnish the image of our country and her international standing.

The Minister of Natural Resources and Tourism (http://www.mnrt.go.tz), Hon. Lazaro Nyalandu said that the claims that 40,000 Maasai were being evicted are false unfounded and baseless. The argument that the land in question is being sold to a wealthy Middle Eastern family are a total fabrication and in contrary to the Tanzanian law.

Members of Parliamentary Standing Committee on Land, Natural Resource, and Environment are due to visit the Loliondo area to bear witness to the government position and speak directly to the Maasai people. The Minister, Lazaro Nyalandu will also be leading a team of government officials and Media Houses to visit Ngorongoro in the next few days.

 

Anna Chapman volta a colocar os seus dotes ao serviço da Mãe Rússia

Alexandre Guerra, 26.11.14

 

Quando Anna Chapman se tornou uma "estrela" da espionagem internacional, e já lá vão mais de quatro anos, o Diplomata fazia eco daquilo que a imprensa americana considerava ser uma beleza escaldante num corpo “Victoria’s Secret”. Quase um ano depois, e com o Diplomata sempre atento às suas movimentações, Chapman, já na condição de simples "civil", dava a sua primeira entrevista, revelando aquilo que iria fazer. Agora, Anna Chapman volta a colocar os seus "dotes" ao serviço da Mãe Rússia, promovendo o Exército russo e dando "moral" às tropas através de um vídeo institucional.

 

 

Registos

Alexandre Guerra, 25.11.14

 

Há uns dias, o Diplomata fazia aqui uma análise à questão do défice francês e potenciais implicações no Pacto Orçamental. Entretanto, tal como se previa, o impasse mantém-se e ao que parece, segundo o Euobserver, os ministros das Finanças da União Europeia vão reunir-se na próxima Segunda-feira para discutir este assunto. 

 

Obama fartou-se de ser o "bonzinho" da fita

Alexandre Guerra, 21.11.14

 

Barack Obama fartou-se do constante bloqueio republicano no Congresso e meteu de lado o discurso do consenso para levar por diante a sua reforma relativa aos imigrantes. Recorrendo aos seus poderes, através das "executive orders", o Presidente americano optou por um caminho de ruptura, mas também de confrontação, que lhe permitirá aprovar directamente o seu programa, evitando que o mesmo seja votado no Congresso.

 

A dois anos de terminar o seu mandato, Obama declarou guerra ao Partido Republicano. A vida não será fácil para o residente da Casa Branca, mas uma coisa, é certa, era apenas uma questão de tempo até que as coisas piorassem, já que no início do próximo ano, quando os novos senadores tomarem posse, as duas câmaras do Congresso ficarão dominadas maioritariamente por republicanos.

  

Angola pouco "diplomática" na atribuição de vistos de trabalho a portugueses

Alexandre Guerra, 17.11.14

 

As autoridades angolanas têm vindo a aumentar o número de estrangeiros expulsos que se encontram em situação irregular no seu país. Até ao fim de Agosto, eram expulsos cerca de 1000 estrangeiros por semana, um valor que subiu para 1400 na primeira semana de Outubro. O Serviço de Migrações e Estrangeiros (SME) tem também intensificado o controlo sobre os cidadãos estrangeiros em situação ilegal que se encontram em Angola, nomeadamente, com passaportes falsos. Segundo aquele órgão, só no final do mês de Agosto foram apreendidos mais de 200 passaportes de diferentes nacionalistas com vistos de trabalho alegadamente falsos, com Portugal a liderar a lista dos cidadãos supostamente infractores. Uma tendência que se tem mantido nas últimas semanas, segundo o próprio SME. Tem igualmente aumentado o número de cidadãos portugueses em situação ilegal em Angola.

 

O Diplomata sabe que isto se deve às dificuldades crescentes que as autoridades angolanas estão a impor aos cidadãos portugueses na atribuição e renovação de vistos, sobretudo os de longa duração (máximo três anos e prorrogáveis), ou seja, aqueles que permitem aos cidadãos nacionais trabalhar em Angola. O Diplomata apurou ainda que esta situação tem obrigado alguns portugueses a optar por vistos de curta duração (máximo três meses e não prorrogáveis), fazendo viagens ida e volta, de três em três meses, entre Lisboa e Luanda, sob o pretexto, por exemplo, de “dar formação” ou “fazer prospecção de mercado”, quando efectivamente estão a trabalhar em território angolano. Uma situação que foi descrita ao Diplomata como de “grande risco”, já que, em caso de denúncia, e se um cidadão português por apanhado trabalhar nestas condições, será detido pelas autoridades angolanas, podendo nunca mais conseguir entrar no país.

 

Ao todo, o SME recebeu na semana de 6 a 12 de Outubro, 4005 pedidos para emissão de diversos tipos de visto, tendo sido autorizados apenas 639.

 

De acordo com o Observatório da Emigração (Direcção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas - DGACCP/ISCTE - CIES), entraram em Angola um pouco mais de 23 mil cidadãos portugueses no ano de 2009 (últimos números disponíveis). Também as estimativas anuais do Governo português apontam para mais de 20 mil, o número de portugueses que nos últimos anos têm emigrado para Angola. Ainda segundo o Observatório da Emigração, entre 2001 e 2008 terão entrado em Angola por ano 10 mil portugueses, no entanto, atendendo à ausência de dados estatísticos credíveis fornecidos pelas autoridades angolanas, este número é apenas uma estimativa com base em indicadores indirectos.

 

Pacto orçamental: líderes europeus à procura de um compromisso

Alexandre Guerra, 14.11.14

 

Há umas semanas, por ocasião da apresentação dos vários orçamentos nacionais dos Estados-membros da UE, os ânimos aqueceram perante o cenário de eventuais violações às regras orçamentais impostas por Bruxelas. O Diplomata deixa aqui uma perspectiva daquilo que poderá estar em jogo nos próximos tempos.

 

1.Os líderes europeus vão tentar encontrar uma solução de compromisso que permita conciliar as posições entre os Estados-membros da União Europeia que defendem uma maior flexibilidade nos limites impostos pelo Tratado sobre Estabilidade, Coordenação e Governação na União Económica e Monetária (TECG), nomeadamente, em matéria de défice, e os que se mantêm intransigentes na manutenção do rigor orçamental. Segundo fontes bem informadas em Bruxelas, estão a decorrer esforços negociais no sentido de se evitar uma confrontação político-diplomática entre os defensores da austeridade e aqueles que aposta numa política de crescimento.

 

2.A França e a Itália – segunda e terceira maiores economias da Zona Euro, respectivamente— estão a pressionar o Conselho Europeu e a Comissão para se obter uma maior flexibilização nas regras do Pacto Orçamental, conseguindo-se, deste modo, um alívio financeiro, que poderá ser canalizado para investimento público e privado. De acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2015, o défice nominal da França será de 4,3%, muito acima do limite máximo dos 3%, que só deverá ser alcançado em 2017. Já a Itália, reviu em alta o défice para 2015, situando-o nos 2,8%, bastante superior ao que foi inicialmente estimado (1,8%).

 

3.Portugal mantém-se, para já, alinhado com a posição oficial da Comissão Europeia e, em particular, da Alemanha, no seguimento de uma política de cumprimento estrito do défice, perspectivando para 2015 um valor de 2,7%, abaixo do limite máximo dos 3%.

 

4.A violação por parte da França à principal regra do Pacto Orçamental e o desafio claro da Itália para a flexibilização do défice, obrigará os líderes europeus a encontrarem uma solução que altere as bases do Tratado Orçamental. Para já, Paris e Roma evitam o confronto directo com a Comissão, ao anunciarem medidas adicionais que vão de encontro às exigências orçamentais comunitárias. 

 

5.A França, que perspectiva para o ano um crescimento de apenas 1%, vai canalizar alguns ganhos recentes com as descidas das taxas de juro para atenuar a sua dívida e utilizar uma pequena parte da contribuição do orçamento comunitário para a redução do défice. Ao todo, são 3,5 mil milhões de euros adicionais para cumprir os requisitos do Pacto Orçamental. Um esforço que a Itália também vai fazer, ao recorrer a 3,3 mil milhões de euros de uma reserva financeira que estava destinada a encaixar alguns cortes de impostos. Vai também redireccionar mais 1,2 mil milhões de euros para as metas impostas pela Comissão, depois de fazer alguns ajustamentos do seu orçamento para 2015. A Itália estima crescer no próximo ano uns anémicos 0,6%. 

 

6.As medidas adicionais anunciadas pela França e pela Itália – que devem ser suficientes para fazer baixar um pouco os seus défices nominal e estrutural em 2015 – são, segundo alguns analistas, meramente cosméticas. No entanto, vão permitir aos líderes europeus ganharem tempo a curto prazo e evitaram, para já, uma crise política no seio da UE. Se a solução que for encontrada no seio da UE apontar para a flexibilização das regras orçamentais, a médio e a longo prazo poderá beneficiar Portugal, no âmbito dos esforços que estão a ser feitos e na capacidade negocial junto de Bruxelas.

 

Dez anos depois da sua morte, Arafat continua a inspirar a causa palestiniana

Alexandre Guerra, 11.11.14

 

 

Faz hoje 10 anos que o histórico líder palestiniano, Yasser Arafat, morreu na cama de um hospital em Paris. O vídeo em cima recupera um dos seus momentos mais importantes, quando se apresentou na Assembleia Geral das Nações Unidas com um "ramo de oliveira numa mão e arma do freedom fighter na outra".

 

Sem "degelo", de pouco serve um aperto de mão para as câmaras

Alexandre Guerra, 10.11.14

 

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Será difícil quantificar em palavras o valor desta imagem, mas uma coisa é certa, a fotografia tirada esta Segunda-feira aos líderes do Japão e da China, à margem da cimeira da organização Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), é bem elucidativa da frieza que existe, actualmente, nas relações diplomáticas entre aqueles dois países. Foi a primeira vez, em dois anos, que o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e o Presidente chinês, Xi Jinping, encetaram negociações formais, mas se o resultado era para ser este, mais valia que os seus assessores não tivessem promovido este "aperto de mão", um gesto que nas relações internacionais serve, normalmente, para transmitir uma mensagem de confiança e de aproximação entre os Estados. Sem um "degelo" efectivo, de pouco serve que os dois governantes tenham posado para as câmaras com um aperto de mão feito por obrigação. Um momento comunicacional sem qualquer ganho e facilmente evitável.

 

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