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O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

Dispatches from Brussels

Alexandre Guerra, 28.10.14

 

EU announces €3 billion of development support to the Horn of Africa region

Today, the EU has confirmed that it will support the wider region of the Horn of Africa with a total of €3 billion until 2020, primarily coming from the 11th European Development Fund (EDF). The largest share of this will be channelled through bilateral funding to Ethiopia, Eritrea, Uganda, Somalia, Djibouti and Kenya; parts will also go to regional organisations. EU Development Commissioner, Andris Piebalgs, commented: "The EU stands ready to further deepen its long-standing partnership with the Horn of Africa – helping to build robust and accountable political structures, enhancing trade and economic cooperation, financing peace keeping activities and providing humanitarian assistance and development cooperation. Our support will help the people of the Greater Horn on their path to much needed peace, stability, resilience and growth.” The comprehensive approach of the EU in  the region covers for instance support to better connections between countries within the Horn of Africa region (e.g. transport, energy); support to the state building process in Somalia and the African peace keeping force AMISOM, as well as training of Somali security forces; fighting piracy in the Western Indian Ocean through an EU naval force (EU NAVFOR – Atalanta).

For more information: http://europa.eu/rapid/press-release_IP-14-1203_en.htm

 

Sondagem curiosa

Alexandre Guerra, 23.10.14

 

Uma sondagem da Ipsos MORI divulgada esta Quinta-feira revela o mais elevado nível de apoio dos ingleses, desde 1991, à manutenção do Reino Unido na União Europeia. Resultados muito curiosos, se se tiver em consideração o avanço do partido eurocéptico do UKIP nos últimos tempos. Se o referendo fosse hoje, 56 por cento dos britânicos responderiam que "sim", que querem manter-se na UE, enquanto 36 por cento diriam que "não". Oito por cento dos inquiridos disse que não sabia em que votar. Desde Dezembro de 1991, que este barómetro não registava valores tão elevados de apoio dos ingleses à manutenção da na UE.

 

Dispatches from Brussels

Alexandre Guerra, 17.10.14

 

EU increases development support to Nepal and Bhutan

European Commissioner for Development, Andris Piebalgs, has announced that the EU development programmes for Nepal and Bhutanwill triple in the 2014-2020 period in comparison with the allocation from the previous years. The announcement was made as the Commissioner begins a visit to both countries and it shows that the EU has taken note of the efforts both countries have made to fight poverty and implement constitutional reforms.  In the course of his visit, Commissioner Piebalgs will meet several authorities and discuss with them the priorities for our cooperation in the coming years. He will also visit EU-funded projects on the ground and meet the beneficiaries of EU support.

 

Full press release: IP/14/1169

MEMO EU-Nepal Development Cooperation: http://europa.eu/rapid/press-release_MEMO-14-595_en.htm

MEMO EU-Bhutan Development Cooperation: http://europa.eu/rapid/press-release_MEMO-14-596_en.htm

 

You may find photos of the visit in the coming days on Europe by satellite website: http://ec.europa.eu/avservices/photo/photoByDate.cfm?sitelang=en

 

Um "puzzle" difícil de montar

Alexandre Guerra, 14.10.14

 

O leitor repare no seguinte "puzzle" geoestratégico: por um lado, os rebeldes curdos sírios apelam ao Governo de Ancara para apoiá-los militarmente na defesa da cidade de Kobani (cidade síria contígua à fronteira sudoeste turca) contra os militantes do Estado Islâmico (ISIS), algo que a Turquia até estaria disposta a fazer, caso os Estados Unidos decidissem por uma intervenção terrestre; por outro lado, ontem, caças F-16 e F-4 turcos bombardearam posições dos guerrilheiros curdos do PKK na província de Hakkari, junto à fronteira do Iraque.

 

Contradições próprias da guerra? Talvez, mas de certa forma compreensíveis à luz daquilo que é a "grande zona cinzenta" das Relações Internacionais. É importante não esquecer que, desde há cerca de três décadas, o Estado turco trava um combate interno com o movimento curdo do PKK, que luta pela independência do Curdistão, na região sudeste da Turquia. Teoricamente, aquilo que poderia ser o "grande" Curdistão incluiria zonas do norte do Iraque e da Síria, onde existem grandes comunidades curdas e que, neste momento, são o principal pilar de resistência aos combatentes do Estado Islâmico naquelas áreas.

 

Sendo o ISIS uma ameaça para todos, sem excepção, começaram a desenvolver-se algumas alianças tácitas, mais ou menos camufladas, mais ou menos improváveis, tais como a de soldados e mercenários americanos a combatentes iranianos na Síria. Outra dessas alianças, seria entre o Governo turco e os rebeldes curdos da Síria, no entanto, Ancara rejeita, para já, qualquer intervenção em Kobani. Uma rejeição que estará a deixar os curdos do PKK revoltados com as autoridades turcas, ao ponto destas terem respondido com os bombardeamentos acima referidos.

 

Neste momento, a questão é saber até quando conseguirá a Turquia manter-se militarmente fora deste conflito, sendo que o mesmo está a decorrer literalmente às suas portas. Além de exigir uma operação militar terrestre, Ancara já fez saber que só intervirá se os EUA definirem também como alvo o regime sírio de Bashar al-Assad. 

 

Ora, para já, Washington parece menos interessada em fazer cair Bashar al-Assad, uma vez que os soldados governamentais sírios são fundamentais no combate aos guerrilheiros do Estado Islâmico dentro da Síria, onde reside o seu principal foco de actividade. 

 

Perante estas variáveis todas e condicionantes, não é de estranhar que o Estado Islâmico tenha conseguido conquistar uma importante área daquela região do Médio Oriente em relativamente pouco tempo e que agora esteja a ser muito complicado expelir aquela estrutura de extensas zonas da Síria e do Iraque.

 

Dispatches from Brussels

Alexandre Guerra, 10.10.14

 

Commissioner Piebalgs to sign development programmes for Belize, Lesotho, Togo and Zambia

European Commissioner for Development, Andris Piebalgs, will sign today the National Indicative Programmes (NIP) for development cooperation with Belize, Lesotho, Togo and Zambia in the 2014-2020 period, which amount to €869 million. The signing ceremony with representatives of those countries will take place in the margins of the annual meeting of the World Bank and the International Monetary Fund in Washington. Commissioner Piebalgs said: “The programmes that we will sign are the fruit of close cooperation with the four partner countries and reflect their own policies, strategies, and needs as they have defined them. I am particularly pleased to see that energy and governance are key priorities for these countries, as clear drivers for sustainable development and growth. Our support will target EU resources where they are most needed and most effective.”

 

For more information : IP/14/1121.

 

A simbologia de Kobani

Alexandre Guerra, 07.10.14

 

Bandeira do ISIS hasteada na parte oriental da cidade de Kobani/Foto: Lefteris Pitarakis/AP

 

Kobani, cidade síria fronteiriça que avista do outro lado a localidade turca de Suruc, é por estes dias palco de um combate intenso entre os militantes do Estado Islâmico (ISIS) e os resistentes curdos, que têm o apoio dos ataques da aviação americana. Do lado turco, Ancara mobilizou tropas e meios militares, que estão a menos de um quilómetro a vigiar a situação, em alerta máximo, perante uma possível entrada dos homens do ISIS na Turquia.

 

Os relatos veiculados pela imprensa internacional dão conta dos avanços do ISIS nalgumas zonas da cidade, no entanto, Kobani ainda não caiu nas suas mãos.

 

Esta cidade tornou-se um símbolo importante na estratégia delineada pelos Estados Unidos, porque o seu destino estará, de certa forma, associado à percepção que se poderá ter do sucesso, ou não, da campanha que Washington está a levar a cabo na Síria. 

 

Os outros números da guerra

Alexandre Guerra, 02.10.14

 

As contas mais recentes apontam para mil milhões de dólares gastos até ao momento com a operação militar que os Estados Unidos estão a desenvolver no Iraque e na Síria desde Agosto contra o Estado Islâmico (ISIS). São valores do Center for Strategic and Budgetary Assessment (CSBA), que podem subir para 1,8 mil milhões por mês, caso Washington decida aumentar para 25 mil o número de soldados no terreno e a intensidade da operação aérea.

 

Até ao momento, as operações militares norte-americanas têm-se limitado a acções aéreas, com uma presença terrestre tímida de um staff de 1600 homens, sobretudo ao nível de apoio de decisão e de aconselhamento. Se tudo se mantiver neste nível, daqui por diante está-se a falar num custo mensal entre 200 milhões a 320 milhões. O que é certo é que pelo menos mil milhões já estão contabilizados em apenas dois meses.

 

Dispatches from Brussels

Alexandre Guerra, 01.10.14

 

Commissioner Piebalgs: Creating an "energy revolution" across the developing world

European Commissioner for Development, Andris Piebalgs, opened today the Sustainable Energy for All Committee meeting taking place in Brussels. He reconfirmed the European Union and the biggest supporter of the SE4ALL initiative and reminded of our commitment to help developing countries provide access to sustainable energy services for 500 million people by 2030. Strong political ownership, ensuring the necessary implementation capacity is in place and delivering financing and ensuring rapid results on the ground were mentioned by the Commissioner as the three key conditions to achieve that all-important enabling environment for investments. He also presented a brand new initiative called –the Electrification Financing Initiative, or ElectriFI : " Through this innovative instrument, EU grants will complement private financing, bridging potential financial gap in order to make a project bankable. This will provide the security investors and banks are expecting to boost investments. If investments are successful, the grants will be converted into loans, at concessional rate, and the EU will be “reimbursed”. We will then be able to reinvest our grants in new projects, allowing more and more people to get access to electricity services. ElectriFi is more than a financing proposal, in that it puts forward a business model to leverage more private investments and involve more key stakeholders in all areas of expertise on a global level."