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Jurídica e politicamente o que é a União Europeia? É a tentativa de responder a essa questão que Francesc de Carreras assina esta Segunda-feira no El País La UE y la secesión en Estados miembros.
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Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais
Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais
Jurídica e politicamente o que é a União Europeia? É a tentativa de responder a essa questão que Francesc de Carreras assina esta Segunda-feira no El País La UE y la secesión en Estados miembros.
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Nas vésperas do décimo aniversário do atentado terrorista de Madrid, o Centro Nacional de Coordenação Antiterrorista (CNCA) espanhol considera que o risco de novas acções islamistas naquele País é "alto".
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"[...]A independência diplomática de Salazar relativamente a Espanha não o tornava particularmente benquisto entre o Governo britânico; temia-se que as armas fornecidas a Portugal não tardassem a chegar a Espanha. A desconfiança generalizada em relação a Portugal foi evidente numa querela surgida com a Checoslováquia a propósito do fornecimento de metralhadoras, que rapidamente levou ao corte de relações entre os dois países. Os checoslovacos desconfiavam de que Portugal queria passar metralhadoras compradas em Praga aos nacionalistas espanhóis e pediu garantias de que tal não sucederia; Salazar mostrou-se ofendido e a disputa rapidamente subiu de tom."
in "Salazar" de Filipe Ribeiro de Meneses (D. Quixote, 2009)
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A importância das relações pessoais entre líderes, nomeadamente entre Angela Merkel e Vladimir Putin, no âmbito da actual crise na Ucrânia, é o que está em análise no artigo da Reuters Cold War past shapes complex Merkel-Putin relationship.
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Tropas aliadas no Planalto de Sebastopol entre 1855 e 56/Foto: Fenton Roger (1819-1869)
O Ocidente e os seus líderes sempre tiveram alguma dificuldade em ler e compreender o espírito russo e as acções dos seus governantes. É uma evidência histórica que tem conduzido a momentos de tensão e, por vezes, de confrontação. Talvez essa dificuldade surja do facto do modelo de análise utilizado não ser o mais correcto para se poder enquadrar ou antecipar comportamentos e decisões de líderes russos.
Na verdade, qualquer olhar sobre a Rússia deve ser feito com uma perspectiva histórica que remonte, pelo menos, ao século XIX. De certa maneira, foi com base nesse modelo que Henry Kissinger fez a sua leitura realista das relações internacionais durante a Guerra Fria. A sua obra "Diplomacia" reflecte precisamente isso, ou seja, compreender as atitudes do império soviético do século XX à luz de um paradigma de actuação da Rússia do século XIX.
É verdade que a actual crise na Ucrânia, mais concretamente na Crimeia, irrompeu sem que ninguém a tivesse visto chegar, no entanto, não pode ter surpreendido todos aqueles que têm um conhecimento mínimo da história imperialista russa desde o século XIX e, sobretudo, da alma do seu povo.
Vejam-se os acontecimentos que levaram à Guerra da Crimeia de 1853-56. O pretexto teve a ver com a distribuição dos lugares santos entre as comunidades católica e ortodoxa do Império Otomano, mas a questão principal era o antagonismo entre as potências ocidentais e a Rússia quanto às zonas de influência a Oriente da Europa. Perante um Império Otomano que o Czar Nicolau I considerava moribundo, a Rússia queria assegurar protectorados sobre os povos cristãos ortodoxos que ainda estavam sob a governação do Sultão.
E para isso, Moscovo procedeu a uma estratégia de pressão e de intromissão forçada nos assuntos religiosos ortodoxos no Império Otomano. A tal ponto que o Sultão, aconselhado pelas potências ocidentais, rejeitou a concessão a Moscovo das competências da Igreja Ortodoxa, porque isto na prática significava que a Rússia ficaria com o controlo dos privilégios espirituais e administrativos de toda a comunidade ortodoxa da Sublime Porta.
Perante isto, o Czar fez um ultimatum a Constantinopla que acabou por escalar a situação, com as potências ocidentais a deslocarem as suas esquadras para o Mar da Mármara. Daí até à declaração de guerra por parte do Sultão à Rússia foi um instante. Um gesto seguido pelas potências ocidentais. Estas, defendiam a integridade do Império Otomano. A Rússia, por seu lado, queria impor os seus protectorados.
No palco do conflito, a frota russa do Mar Negro destruía a esquadra Otomona ao largo de Sinope o que levou à movimentação dos navios de guerra europeus para aquele mar. De forma muito resumida, as potências europeias acabaram por cercar Sebastopol (Crimeia), conseguindo a sua "queda" em Setembro de 1855. A 16 de Janeiro de 1856 a Rússia era obrigada a aceitar a paz e a 30 de Março era assinado o Tratado de Paris.
Não se pretende agora analisar as consequências daquele tratado nos destinos da Europa, mas, sim, todo o processo que conduziu ao conflito, já que encontra muitos paralelismos com a situação que se vive nos dias de hoje. Tais como:
- Perfil imperialista da Rússia
- Projecção da influência russa para regiões com povos eslavos e cristãos ortodoxos.
- A exploração de motivos menores para criar um pretexto de intervenção militar ou, até mesmo, um "casus belli".
- Bipolarização do conflito entre a Rússia e potências ocidentais.
- O palco do conflito é normalmente para lá do "espaço vital" dos beligerantes.
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Portugal e Espanha são dos poucos países da Europa que não dependem do gás natural da Gazprom. Estes dois países são fornecidos pelo gasoduto do Norte de África ou então através de transporte marítimo, mas neste caso de GNL (Gás Natural Liquefeito).
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The crisis in Crimea could lead world into a second cold world é um artigo de Dmitri Trenin, director do Carnegie Moscow Centre, no jornal Guardian sobre as perspectivas de uma nova Guerra Fria por causa do conflito entre a Ucrânia e a Rússia.
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