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O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

Leituras

Alexandre Guerra, 28.11.13

 

André Macedo assina esta quinta-feira feira no Diário de Notícias um artigo chamado A natureza humana, no qual se percebe que, estranhamente, o comportamento humano não difere muito entre diferentes realidades, seja no pequeno Estado do Kiribati ou em Portugal.

  

No Mar Oriental da China todos esticam a corda... até ao dia em que partir

Alexandre Guerra, 28.11.13

 

 

Assim, de repente, Pequim anunciou, no passado Sábado, a criação de uma Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) no espaço aéreo em redor das disputadas e polémicas ilhas Senkaku (ou Diayou para os chineses) no Mar Oriental da China. Relembre-se que apesar daquelas ilhas serem actualmente propriedade do Governo nipónico, há muito que a China reivindica para si a sua posse.

 

É por isso que esta recente medida de Pequim não pode deixar de ser vista como mais uma provocação, sobretudo porque implica que todos os países circundantes informem previamente as autoridades chinesas dos planos de voos que por ali passem. Caso contrário, sujeitam-se a "medidas de defesa de emergência", seja lá o que isso for.

 

Como seria de esperar, o Japão e a Coreia do Sul já desafiaram a imposição de Pequim, com o envio de voos para a ADIZ, anunciando, em jeito de provocação, que não houve qualquer "resposta" chinesa. 

 

Também Washington veio dizer que esta medida é mais uma tentativa da China para desestabilizar o "status quo" daquela região e, por isso, enviou dois bombardeiros B-52 na passada Terça-feira para sobrevooar a ADIZ. Mais uma vez, numa lógica de "esticar a corda" para ver até onde vai o "bluff" de Pequim.

 

Até ao momento, ainda nada de grave aconteceu, no entanto, é notório que todas as partes envolvidas estão empenhadas em escalar a tensão, até porque, em última instância, há um confronto de poder entre a China e os Estados Unidos. E neste momento, no complexo tabuleiro geopolítico e geoestratégico das relações internacionais, tanto Pequim como Washington jogam interesses bem maiores do que a propriedade de cinco ilhéus desabitados e três massas rochosas.

 

Aviso a Alistair Darling: wrong way

Alexandre Guerra, 26.11.13

 

Alex Salmond, primeiro-ministro escocês, apresentou esta Terça-feira o guião para a independência

 

Com o referendo da independência da Escócia agendado para 18 de Setembro do próximo ano, o nacionalista Alex Salmond apresentou esta Terça-feira o "white paper" com as linhas orientadores para o futuro Estado independente. O documento tem 670 páginas -- com o título de "Futuro da Escócia: o seu guia para uma Escócia Independente" -- que o primeiro-ministro escocês definiu como uma "declaração de missão".

 

Londres, através de Alistair Darling, antigo secretário do Tesouro e actual responsável pela campanha a favor da União, reagiu de imediato, considerando aquele documento uma "obra de ficção", sem soluções credíveis. Uma reacção que o Diplomata considera ir no caminho oposto aos interesses defendidos por Darling.

 

Ora, o Governo britânico não ganhará nada em polarizar o discurso entre o "sim" e o "não" à independência e, muito menos, em desvalorizar um documento que, bem ou mal, deverá ser levado a sério pelos escoceses na hora de votar e que poderá ter alguns contributos importantes na sua perspectiva, independentemente do seu voto. Além do mais, quanto mais agressivo for o discurso de Londres, mais hostis ficarão os escoceses que, numa situação limite e de revolta e não tanto pela condição da independência em si, poderão optar pelo voto de protesto contra o Reino Unido.  

 

Perante isto, o Governo britânico terá que reformular a sua estratégia de promoção e de campanha a favor da manutenção da Escócia sob a Coroa de Sua Majestade. E a primeira coisa a fazer é respeitar o documento apresentado por Alex Salmond, estudá-lo e identificar as suas vulnerabilidades. A partir daqui, Londres terá que convencer os escoceses das virtudes da União.

 

É certo que muitos escoceses poderão pensar que essas virtudes já eles conhecem bastante bem, fruto da sua vivência desde há muito no Reino. Mas é por isso que Darling vai ter que trazer qualquer coisa nova para esta campanha, uma espécie de recompensa, caso os escoceses optem pela manutenção no Reino Unido.

 

Algo vai muito mal para os americanos colocarem a honestidade de Obama em causa

Alexandre Guerra, 25.11.13

 

 

O Presidente Barack Obama está a viver momentos politicamente conturbados que, além de o estarem a atirar para níveis baixos de popularidade, estão a contribuir para uma degradação da sua imagem junto do eleitorado americano.

 

Apenas 4 em cada 10 americanos consideram que Obama é capaz de gerir o Governo federal de forma eficaz, segundo um estudo de opinião da CNN/ORC International, divulgada esta Segunda-feira. Um número preocupante, mas que se admite ser influenciado pela gestão desastrosa da implementação do "Obamacare" e, consequentemente, passível de ser alterado positivamente a curto prazo, dependendo das políticas adoptadas.

 

Mas muito pior do que aquele indicador, é o facto de 53 por cento dos americanos acharem que o seu Presidente não é honesto nem confiável. Aqui, já não se tratará tanto de uma influência directa dos erros do "Obamacare", mas sim, de um processo cumulativo que será muito mais difícil de inverter.

  

O limite da paciência democrata

Alexandre Guerra, 22.11.13

 

Foto: Stephen Crowley/The New York Times


A paciência dos democratas no Senado atingiu o limite. E com alguma razão, já que o Presidente Barack Obama foi o alvo preferencial dos filibusteiros republicanos naquela câmara do Congresso, impedindo a nomeação de altos cargos propostos pela Casa Branca. A partir desta Sexta-feira as regras mudaram no Senado, para contentamento de Harry Reid, líder dos democratas.

 

Momentos com história

Alexandre Guerra, 19.11.13

 

 

Pelo menos 23 pessoas morreram e cerca de 150 ficaram feridas, esta Terça-feira, num duplo atentado perto da Embaixada iraniana em Beirute. O movimento sunita Abdullah Azzam Brigade, grupo radical com ligações à al Qaeda, já reivindicou os ataques, que não são mais do que uma extensão do conflito sectário da vizinha síria. Beirute parece estar a regressar aos violentos anos 80. 


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