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O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

Afinal, é possível haver mais dinheiro disponível com um orçamento mais curto

Alexandre Guerra, 27.06.13

 

Sobre o novo orçamento plurianual da União Europeia para os anos 2014-2020, acordado esta madrugada entre o Parlamento Europeu e a Comissão, o correspondente da BBC News em Bruxelas chamava a atenção para uma nota interessante. Embora se trate do primeiro orçamento da história da UE a sofrer cortes em relação ao anterior, isto não quer dizer que no próximo quadro orçamental seja investido menos dinheiro nos Estados-membro.

 

Até pode acontecer o contrário. Esta possibilidade fica-se a dever a uma imposição do Parlamento Europeu na última noite, que permitirá introduzir maior flexibilidade na gestão do orçamento comunitário, mais concretamente, na forma como os fundos são atribuídos. Ou seja, os eurodeputados quiseram assegurar que toda a verba contemplada no orçamento para 2014-2020 seja investida (ou, pelo menos, o mais possível) e evitar assim que partes significativas do orçamento voltem aos cofres nacionais.

 

Uma situação que se verifica no actual quadro comunitário, com muitos milhões a regressarem aos países de origem. Doravante, os eurodeputados esperam evitar esta situação, porque o dinheiro dos fundos vai poder ser transferido de um ano para o outro ou de uma área para outra. Em teoria, isto poderá significar efectivamente mais dinheiro investido nos Estados-membros do que aquele que foi usado no período que agora está prestes a terminar.

 

Aqui está um exercício imaginativo que permitirá optimizar um orçamento, teoricamente mais curto, mas que na prática poderá significar mais dinheiro para os Estados-membro. E nunca é demais lembrar que tal solução só foi possível com o reforço dos poderes do Parlamento Europeu em matéria de co-aprovação do orçamento comunitário contemplado no Tratado de Lisboa. 

 

Texto publicado originalmente no Forte Apache.


Snowden, procura-se

Alexandre Guerra, 26.06.13

 

Segundo o Kremlin, Edward Snowden ainda continua em trânsito no Aeroporto Sheretmetyevo, sem nunca ter entrado no espaço russo. É certo que aquele aeroporto é grande, mas esta argumentação começa a assumir contornos perfeitamente cómicos. Assim de repente faz lembrar aquele filme do Tom Hanks.

 

Leituras

Alexandre Guerra, 24.06.13

 

Contra a corrente de pensamento dominante, Richard Haass, presidente do Council on Foreign Relations, explica em American Can Take a Breather. And It Should, no New York Times, porque é que os Estados Unidos vivem um período de primazia como nunca viveram na sua história. No entanto, Haass alerta para a necessidade de uma grande estratégia para a América recuperar a sua pujança interna.

 

Pela primeira vez os árabes deram motivos aos "irmãos" palestinianos para festejarem

Alexandre Guerra, 23.06.13

 

Uma das recentes actuações de Mohammed Assaf no Arab Idol

 

Pela primeira vez os árabes mostraram, através dos seus votos telefónicos, alguma solidariedade com os palestinianos e deram-lhes um motivo para celebrar. Ver a reportagem da BBC News sobre o novo herói palestiniano, o jovem de 23 anos, Mohammed Assaf, que venceu no Sábado à noite, em Beirute, o concurso Arab Idol, transmitido em todo o mundo árabe.

 

nEUROn, o super drone

Alexandre Guerra, 22.06.13

 

O avião não tripulado nEUROn em exposição no Aeroporto Le Bourget/Foto: Dassault Aviation

 

O Paris Air Show, que decorre até este Domingo no Aeroporto Le Bourget, apresenta todos os anos as mais recentes novidades no sector da aviação civil e militar. Uma das estrelas deste ano é o nEUROn, um avião não tripulado (UAV) futurista, exposto debaixo de uma cúpula semi-opaca, para que não sejam revelados todos os pormenores daquele aparelho. 

 

Este super drone foi desenvolvido por um consórcio europeu liderado pela Dassault Aviaton e teve o seu primeiro voo no final do ano passado. 

 

Um bom exemplo

Alexandre Guerra, 19.06.13

 

Nicolás Maduro na conferência de imprensa com Passos Coelho

 

Foi de apenas seis horas a duração da visita do recentemente eleito Presidente da Venezuela a Portugal. Mas foram seis horas que valeram cerca de 6 mil milhões de euros em perspectivas de contratos em várias áreas entre os dois países, cimentando-se, assim, uma relação que começou a ser delineada em 2008 pelo falecido Presidente Hugo Chávez e pelo ex-primeiro-ministro português, José Sócrates.

 

Hoje, é Nicolás Maduro quem ocupa o Palácio de Miraflores e, na linha de pensamento do seu antecessor e mentor, fez questão de manifestar, ainda nos primeiros meses do seu mandato, o compromisso no estreitamente das relações entre a Venezuela e Portugal. De louvar igualmente a posição do Governo português, agora de centro-direita, liderado por Passos Coelho, que não caiu na tentação ideológica de "deitar por terra" todo o trabalho diplomático já feito.

 

Aliás, nesse espírito construtivo, já o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, tinha estado recentemente na Venezuela com uma delegação considerável de empresários.

 

Este é um bom exemplo do cumprimento de políticas estratégicas transversais a diferentes governos, reflectindo-se positivamente nos resultados económicos, com Portugal a inverter a balança comercial com a Venezuela em poucos anos, a intensificar negócios em curso e a perspectivar outros tantos.

 

Texto publicado originalmenteno Forte Apache.


Que Obama é um Presidente "cool", lá isso é!

Alexandre Guerra, 15.06.13

 

Muitos podem criticar as suas políticas e até mesmo não gostar do seu estilo de governação, mas não há dúvida que Barack Obama imprimiu um novo estilo à figura tradicional do político "cinzento" e totalmente ignorante em relação às tendências urbanas.

 

O talentoso Eminem é um dos artistas favoritos de Obama, que certamente gostará bastante desta música Not Afraid, com uma mensagem positiva para a sociedade.

 

Alguém estaria a ver Cavaco Silva, Passos Coelho ou António José Seguro a gostarem, por exemplo, de Samuel Úria, Boss AC ou Sam the Kid?

 

Provavelmente nem sabem quem são.

 

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