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O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

Consequente

Alexandre Guerra, 30.11.12

 

Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestiniana a discursar esta Quinta-feira na Assembleia Geral da ONU/Foto: Andrew Gombert-EPA

 

Desde os Acordos de Oslo (Setembro de 1993) que os líderes palestinianos não protagonizavam um acto diplomático tão significativo como aquele que ontem foi celebrado na Assembleia Geral das Nações Unidas. Mas ao contrário de Oslo, que o tempo e as circunstâncias remeteram para a irrelevância, a Resolução aprovada por 138 nações vai ser consequente para os desígnios da Autoridade Palestiniana.

 

Os cálculos atómicos iranianos

Alexandre Guerra, 27.11.12

 

This undated diagram was given to the AP by officials of a country critical of Iran's atomic program. The graph allegedly calculates the explosive force of a nuclear weapon, a key calculation in developing such arms. The diagram shows a bell curve and has variables of time in micro-seconds and power and energy, both in kilotons, which is the traditional measurement of the energy output, and hence the destructive power, of nuclear weapons. The curve peaks at just above 50 kilotons at around 2 microseconds, reflecting the full force of the weapon being modeled. The Farsi writing at the bottom translates "changes in output and in energy released as a function of time through power pulse."

 

Este gráfico foi divulgado esta tarde pela Associated Press e, supostamente, calcula a força de explosão de uma arma nuclear. Segundo aquela agência noticiosa, esta imagem foi cedida por uma fonte do programa nuclear iraniano e crítica do regime, sob condição de anonimato.

 

De acordo com as interpretações feitas a este gráfico, está-se a falar de um engenho nuclear com uma capacidade destrutiva três vezes superior à da bomba atómica de Hiroshima. Esta informação vem reforçar a ideia de que o Irão está a desenvolver armas de destruição maciça. 

 

A relatividade das palavras no Médio Oriente

Alexandre Guerra, 27.11.12

 

Em Israel o impacto das palavras esbate-se com a dureza da realidade, e aquilo que poderia ser visto como um autêntico disparate em qualquer outra parte do mundo, é interpretado em terras judaicas como mais uma opinião (válida) no meio de tantas outras no que diz respeito ao relacionamento do Estado hebraico com os seus vizinhos inimigos.

 

É por isso que quando Robert Eisenman, conhecido escritor, investigador de assuntos bíblicos e professor de religião, defende no Jerusalem Post a reocupação do Sinai (Egipto) por parte de Israel, não se ouvem vozes de protesto ou de espanto.

 

Eisenman, que não é propriamente um desconhecido, defende na prática a invasão de um Estado soberano, mas nem por isso motiva qualquer reacção inflamada, seja de quem for.

 

As palavras daquele judeu americano são vistas como “normais” no contexto anormal do Médio Oriente. São apenas mais uma perspectiva. Aliás, há algumas bem mais radicais. Há judeus ortodoxos que defendem a expansão dos colonatos e a ocupação de todo o território da Cisjordânia.

 

Mas também do lado palestiniano há quem deseje convictamente que os judeus sejam todos “empurrados” para o Mar Mediterrâneo.

 

E o mais extraordinário é que todas estas opiniões são expressas de forma mais ou menos livre por aqueles lados do globo, seja em jornais, rádios, televisões ou na rua, sem que haja qualquer estranheza ou repulsa, mesmo por parte dos mais moderados ou de entidades com responsabilidades na sociedade.

 

Registos

Alexandre Guerra, 26.11.12

 

Numa altura em que a opinião pública tem muitas razões para estar descontente com a classe política, torna-se ainda mais louvável a taxa de participação das eleições de ontem na Catalunha, que chegou quase aos 70 por cento. Um aumento considerável em relação a 2010, que não tinha alcançado os 59 por cento.

 

O dramatismo habitual... nada de novo!

Alexandre Guerra, 23.11.12

 

Quem se habituou a acompanhar, desde há alguns anos, os processos negociais no âmbito do Conselho Europeu, sabe que esta cimeira europeia só podia acabar assim, inconclusiva.

 

Na verdade, sempre que estão em cima da mesa assuntos basilares para a União, tais como tratados, orçamentos comunitários ou alargamentos, o dramatismo impera e a solução final surge sempre à última hora do prazo limite.

 

É sempre assim e também o vai ser com as Perspectivas Financeiras 2014-2020. 

  

A "ilha" que afinal nunca existiu no Pacífico Sul

Alexandre Guerra, 22.11.12

 

Normalmente, a maioria dos exploradores ambiciona descobrir novas terras. A dinâmica inversa será algo menos lógico, ou seja, exploradores a remeterem para o desconhecimento pedaços de terra supostamente já descobertos. Mas, pasme-se o leitor, algo deste género aconteceu na Pacífico Sul onde se descobriu que uma "ilha" afinal nunca existiu.

 

E da noite para o dia se deixa um país em direcção a outro

Alexandre Guerra, 20.11.12

 

Foto: Reuters/James Akena


Por mais dificuldades que alguns países ocidentais estejam a atravessar, nomeadamente Portugal, é importante nunca esquecer o que se vai passando nalgumas regiões do globo.

 

Na última noite, os rebeldes congoleses tomaram a cidade de Goma, capital da província de Kivu Norte, na parte leste da República Democrática do Congo (RDC), provocando de imediato o pânico em muitas famílias, que ainda hoje já começaram a abandonar aquela região em direcção ao vizinho Ruanda, como se pode ver na fotografia tirada ao início da manhã.

 

Momentos com história

Alexandre Guerra, 18.11.12

 

Foto: Rina Castelnuovo para o The New York Times

 

Esta foto foi publicada este Domingo no New York Times e mostra uma criança israelita sentada calmamente numa cadeira, em Ashdod, localidade israelita, enquanto vê um lançamento de um míssil do sistema Iron Dome para interceptar os rockets lançados da Faixa de Gaza pelo Hamas. 


A dúvida em relação ao Egipto: privilegiar o Hamas ou o "status quo" com Israel?

Alexandre Guerra, 16.11.12

 

Atendendo aos acontecimentos violentos das últimas horas no Médio Oriente entre Israel e palestinianos na Faixa de Gaza, vai ser muito interessante observar o posicionamento desta nova liderança política do Egipto face ao conflito, já que é claramente bem mais próxima do Hamas do que o antigo Presidente Hosni Mubarak.

 

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