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O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

O homem do momento em terras de Sua Majestade

Alexandre Guerra, 08.09.12

 

Foto AP

 

Depois do sucesso dos Jogos Olímpicos de Londres e, também dos Paralímpicos que ainda decorrem na mesma cidade, Boris Johnson tornou-se numa das figuras políticas mais populares actualmente no Reino Unido. Contra todas as expectativas e depois dos problemas iniciais, o mayor da "City" conseguiu, efectivamente, que Londres funcionasse durante estes dois importantes eventos desportivos. 

 

Neste momento, alguns londrinos já encaram a possibilidade de Boris Johnson poder vir a ser primeiro-ministro.

 

Revisitar a Ponte do Rio Kwai é também uma homenagem às vítimas da II GM

Alexandre Guerra, 07.09.12

 

Visitar a reconstruída Ponte do Rio Kwai que une a "Death Railway" é também uma homenagem aos milhares de prisioneiros aliados na II GM que perderam a vida a construir aquele caminho de ferro para satisfazer os ímpetos imperiais do Japão, ao criar uma ligação directa entre Rangun e Banquecoque. Uma reportagem para ver na BBC News.

 

O despacho...

Alexandre Guerra, 06.09.12

 

"The North Korean regime will not change because Little Kim studied in Switzerland, likes Mickey Mouse, and has a hot wife. If anything, another crisis could be looming."


Victor Cha, professor na Universidade de Georgetown e conselheiro para assuntos coreanos no Center for Strategic and International Studies, a rejeitar, recentemente numa análise na Foreign Police, a ideia de o novo líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ser um reformista.


O novo Green Lantern é muçulmano

Alexandre Guerra, 06.09.12

 

Foto Reuters

 

O mais recente super herói da DC Comics, que esta semana chegou às bancas, é um novo Green Lantern, mas muçulmano. É um jovem na casa dos 20 anos, chama-se Simon Braz, é de Dearborn, Michigan, e tem uma tatuagem no braço em árabe que diz "al-shuja'a", palavra que significa "coragem".


Dizem os especialistas que mudanças deste género ao nível da BD é um sinal dos tempos, onde a malha étnica das sociedades actuais já pouco tem a ver com aquela que se verificava na altura em que estas personagens foram originalmente criadas.


O tema da pobreza nos Estados Unidos tem sido esquecido nesta campanha

Alexandre Guerra, 05.09.12

 

 

Numa reportagem da Al Jazeera em Charlotte, Carolina do Norte, sobre a abordagem política ao tema da pobreza nos Estados Unidos foi lembrado, e bem, que tanto Barack Obama como Mitt Romney têm ignorado este assunto, focando-se exclusivamente na classe média e nos milionários. Dizia o correspondente da Al Jazeera, Rob Reynolds, que é como se os candidatos ignorassem politicamente os 46 milhões americanos que vivem na pobreza.

 

Números trágicos

Alexandre Guerra, 04.09.12

 

De acordo com a agência da ONU para os refugiados (UNHCR), só no mês de Agosto 100 mil pessoas abandonaram a Síria para fugir à guerra civil, uma "escalada significativa" desde que o conflito começou em Março de 2011. No total, 235 mil sírios já deixaram o país.

 

Syrian Observatory for Human Rights revela que o último mês foi dos mais sangrentos, com 5 mil mortos. De acordo com a UNICEF, só na semana passada morreram 1600 crianças.


O Irão e as sanções do Ocidente (3)

Alexandre Guerra, 04.09.12

 

Anúncio da Kia em Teerão

 

Já aqui se tinham escrito dois textos sobre a problemática das sanções impostas ao Irão pelos Estados Unidos e pela União Europeia, dedicando-se agora estas últimas linhas a uma perspectiva muito concreta e que poderá ajudar a compreender melhor alguma inconsistência e timidez na forma como a administração americana tem gerido esta política.

 

Como também já tinha aqui sido citada, Erin Burnett, jornalista da CNN, escreveu recentemente na Fortune que Washington é “duro” com Teerão, mas só às vezes. E dá uma explicação.

 

Acima de tudo é importante ter em consideração que uma política de sanções mais agressiva por parte de Washington iria afectar negativamente as exportações de crude iraniano, nomeadamente para a China. Noutras circunstâncias poderia ser uma “arma” muito útil para Washington, ao impossibilitar o Irão de escoar o seu recurso mais valioso.

 

Mas o problema começa aqui, já que a China é o principal importador do crude iraniano e qualquer medida mais radical dos Estados Unidos que pusesse em causa aquela relação comercial seria certamente do desagrado de Pequim, que, por acaso, é detentor de 1,17 biliões (trillion) de dólares da dívida americana.

 

Daí o autor destas linhas ter escrito no texto anterior que “para se perceber, em parte, esta realidade [das sanções] é preciso compreender o paradigma do actual sistema internacional, dominado por uma interdependência complexa muito acentuada, na qual os Estados Unidos estão totalmente emaranhados, tal e qual uma mosca numa teia de aranha”.

 

E nesta teia de interesses também a Coreia do Sul e o Japão são grandes importadores do crude iraniano. Por isso, qualquer embargo total imposto ao Irão iria reflectir-se dramaticamente naquelas economias asiáticas e iria provocar alguma crispação com Washington, algo que não será certamente do interesse da administração americana. Seul tem todo o interesse em manter boas relações com Teerão, tendo em conta a penetração naquele mercado de marcas sul coreanas como a Samsung, a Hyundai ou a Kia. Fontes da Samsung revelaram a Erin Burnett que a presença no mercado iraniano é bastante significativa.

 

Uma realidade que tem provocado alguma frustração nos círculos políticos em Washington, como o próprio David Cohen, o subsecretário do Tesouro para o terrorismo e “intelligence” financeira, acabou por reconhecer, ao ver companhias americanas como a Apple, a GM, a Dell ou a Ford impedidas de operar no Irão, enquanto as rivais sul-coreanas das indústrias automóvel e tecnológica estão bem presentes no mercado iraniano.

 

Texto publicado originalmente no Forte Apache.


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