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O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

James Bond (8)

Alexandre Guerra, 30.09.12

 

 

 

Uma estação espacial na órbita terrestre com condições para acolher humanos era o grande segredo do vilão Hugo Drax, que a partir dali pretendia iniciar uma nova (super) raça humana na Terra. O seu discurso na estação espacial é uma das cenas (acima) mais intensas da saga 007.

 

Perante o plano diabólico de Drax, James Bond vai a bordo da estação espacial, conseguindo, mais uma vez, salvar o mundo da destruição. 

 

Provavelmente, quando o filme foi lançado em 1979, em plena histeria com os temas espaciais por causa da saga Guerra das Estrelas, poucos teriam a noção que essa realidade estivesse tão perto. Sete anos depois, a União Soviética colocava em órbita a MIR, uma estação que iria durar até 2001 e acolher em permanência astronautas e cosmonautas.

 

James Bond (7)

 

James Bond (6) 

 

James Bond (5)

 

James Bond (4)

 

James Bond (3)

 

James Bond (2)

 

James Bond (1)

 

Al-Shabab perde o principal bastião

Alexandre Guerra, 29.09.12

 

De África é raro virem boas notícias no que diz respeito a operações militares, mas da Somália surgem informações positivas a dar conta de avanços consideráveis no terreno por parte dos soldados quenianos da União Africana (UA) contra posições do movimento islamista al-Shabab. Uma contra-ofensiva que conta com o apoio de forças governamentais somalis e que dura há alguns meses com o objectivo de recuperar parte do território da Somália, sob controlo da al-Shabab.


Nos últimos meses, este movimento perdeu várias cidades importantes, tais como Afmadow, Baidoa e Afgoye. Em Julho último, o Exército somali anunciara a intenção de fazer novas reconquistas. 


Na altura, o Diplomata escreveu que a grande questão era "saber se a operação militar que está em curso é sustentável no tempo em termos de meios logísticos e se terá capacidade para uma acção a médio a longo prazo, porque dificilmente o al-Shabab abdicará tão facilmente dos seus outros bastiões".


Pois esta Sexta-feira os soldados da UA fizeram cair Kismayo, o maior bastião da al-Shabab. De acordo com os relatos, os terroristas daquele movimento ofereceram resistência, mas acabaram por abandonar a cidade, cinco anos depois de a terem tomado.


Apesar destes avanços, parte do território somali ainda continua controlado pelos islamistas.

 

A evolução da dívida americana desde os anos 60

Alexandre Guerra, 24.09.12

 

 

Os gráficos têm a virtude de oferecer uma leitura objectiva sobre a evolução de uma determinda variável. É verdade que estes mesmos gráficos pouco explicam ou enquadram, mas permitem dar uma percepção inequívoca a médio e a longo prazo da tendência do objecto de estudo.  

 

Por isso, torna-se muito interessante observar o percurso da dívida pública norte-americana desde os anos 60, altura em começa a descer para níveis históricos, curiosamente, durante a Guerra do Vietname. E é também interessante ver que durante os mandatos de Richard Nixon, Gerald Ford e Jimmy Carter, percepcionados por muitos como dos piores presidentes americanos do pós-IIGM, se conseguiu manter durante uma década a dívida pública estabilizada.

 

Sem grande surpresa e à boa maneira republicana, a dívida pública começa a disparar com Ronald Reagan, embora mantendo-se em níveis perfeitamente aceitáveis para os padrões actuais. George Bush segue essa tendência, mas mesmo assim deixa essa dívida um pouco acima dos 60 por cento do PIB.

 

Bill Clinton, bafejado pelos ventos da nova ordem mundial e da globalização, consegue fazer descê-la. Esta mantém-se controlada durante alguns anos, mas as duas guerras e a política fiscal de George W. Bush vão empurrar a dívida para níveis alarmantes.

 

Barack Obama continua nesse registo, já que, além de ter de continuar a "pagar" as duas guerras e a política fiscal do seu antecessor, implementa políticas dispendiosas, agravadas com uma das piores crises financeiras e económicas das últimas décadas.

 

James Bond (7)

Alexandre Guerra, 23.09.12

 

 

O Sol enquanto fonte de energia inesgotável e poderosa poderá ser hoje uma ideia perfeitamente enraizada na sociedade, mas talvez não o fosse há sensivelmente 40 anos, quando Francisco Scaramanga, o homem do terceiro mamilo, tenta a todo o custo obter uma tecnologia que revolucione o paradigma energético mundial. Na altura em que o filme The Man With The Golden Gun foi feito sentiam-se os impactos do choque petrolífero de 1973 e, por isso, qualquer vilão que tentasse controlar o mercado mundial de energia solar contaria com a oposição de James Bond.

 

James Bond (6) 

 

James Bond (5)

 

James Bond (4)

 

James Bond (3)

 

James Bond (2)

 

James Bond (1)

 

Uma história do pós-guerra na Bósnia que tem tanto de verídica como de hilariante

Alexandre Guerra, 20.09.12



Ratko Mladic só foi capturado no ano passado/Jason Gold/Getty Images


A reportagem foi publicada em Outubro de 2000 na revista Esquire, assinada por Scott Anderson, e descreve a aventura delirante de cinco jornalistas na Bósnia-Herzegovina, que meses antes estavam naquele país, num ano em que se assinalava o quinto aniversário do fim da guerra no Balcãs.


Anderson foi um dos protagonistas da história que, apesar de ter todos os condimentos para ser uma comédia, com alguns personagens que mais pareciam saídos de um circo, estava centrada no débil processo de estabilização dos Balcãs, no qual o cinismo das potências externas se expressou através dos seus jogos políticos, remetendo os capacetes azuis para uma espécie de função decorativa, sobretudo no que diz respeito à captura de criminosos de guerra.

 

Na altura desta história já tinham passado cinco anos desde o fim da guerra sem que se tivesse notado quaisquer esforços por parte das forças

internacionais na captura de alguns dos principais responsáveis por aquele conflito.

 

O nome mais sonante era o de Ratko Mladic, comandante das forças sérvias que dizimaram muçulmanos e croatas na Bósnia, que tinha sido acusado pelo tribunal internacional para ex-Jugoslávia (ICTY), em 1995, por crimes de guerra, genocídio e crimes contra a Humanidade. O mesmo tribunal acusou especificamente Mladic de ter tido uma intervenção directa no massacre de Srebrenica, no qual morreram cerca de 8 mil muçulmanos, no “cerco” a Sarajevo e em campanhas de “deportação, perseguição, tortura e assassinos”.

 

Voltando à história de Scott Anderson. Estava-se na Primavera de 2000 e eram vários os jornalistas internacionais que tinham regressado a Sarajevo, desta vez em tempo de paz, ora para visitar a ex-Jugoslávia ou então para fazer a cobertura do quinto aniversário do fim da guerra.

 

No terreno via-se uma nova realidade, minada pelos interesses políticos e pela hipocrisia das chancelarias internacionais. O processo de paz, pelo menos nos primeiros anos, foi montado de forma a manter um equilíbrio diplomático que pudesse satisfazer diferentes partes.

 

No meio desta teia os criminosos de guerra iam escapando, em muitos casos de forma escandalosa, tendo em conta a área reduzida em que se movimentavam.

 

Hoje, sabe-se que além do apoio e cobertura das populações locais no terreno, muitos dos criminosos de guerra procurados pelo ICTY beneficiaram da complacência de dirigentes políticos, nomeadamente sérvios ou bósnio-sérvios, e da passividade dos capacetes azuis da ONU e da NATO.

 

Para os jornalistas que tinham estado na Jugoslávia durante o período da guerra (1991-95), as atrocidades que tinham visto permaneciam vivas nas suas memórias cinco anos depois. Não tinham esquecido a crueldade dos carniceiros e percebiam que a comunidade internacional não estava a fazer um verdadeiro esforço para capturar todos esses criminosos.

 

É a partir daqui que Scott Anderson, juntamente com dois jornalistas americanos, um holandês e um belga, numa noite de Abril de 2000, decidem em ambiente descontraído, de copos, num café no centro de Sarajevo, capturar Mladic. Obviamente que foi tudo engendrado em tom de brincadeira, mas mal sabiam eles que iriam acabar por ser confundidos com uma equipa de elite da CIA, envolvendo-se numa louca operação pseudo-secreta.

 

A história verídica, contada meses depois na Esquire, é digna de ser lida, com o seu enredo hilariante e personagens alucinados. O filme acabaria por surgir em 2007, um complemento cénico imperdível ao artigo de Scott Anderson.

 

James Bond (6)

Alexandre Guerra, 18.09.12

 

 

No filme Live and Let Die (1973), à semelhança do que viria acontecer anos mais tarde com Licence to Kill (1989), James Bond vê-se envolvido no mundo do tráfico de droga. Com a aventura passada sobretudo nas Caraíbas, no Louisiana e no Harlem, marcada por uma forte presença do vodu e dos costumes e tendências de uma determinada américa negra, 007 chega a destruir um campo de papoilas e também um laboratório de produção de heroína. Neste último caso depois de se ter livrado de um crocodilo, numa das cenas mais espectaculares da saga James Bond, recuperada no vídeo acima.

 

James Bond (5)

 

James Bond (4)

 

James Bond (3)

 

James Bond (2)

 

James Bond (1)

 

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