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O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

A Stasi nas vidas dos outros

Alexandre Guerra, 30.07.12

 

 

A Stasi, a temível polícia política da antiga RDA, é retratada num ângulo bastante interessante no filme As Vidas dos Outros, uma produção alemã de 2006. Neste filme fica-se com uma ideia muito clara da intrusão, por vezes subtil, dos operacionais daquela entidade de “intelligence” nos costumes e nos hábitos dos alemães.

 

A acção decorre em 1984 e se, por um lado, havia um discurso por parte da cúpula política que, de forma algo hipócrita e cínica, aludia à ideia de uma sociedade socialista aberta e justa, por outro, na realidade quotidiana assistia-se uma restrição rígida nos movimentos de todos os cidadãos, do mais comum ao mais notável dramaturgo.

 

Um filme a ver.

 

Registos

Alexandre Guerra, 24.07.12

 

O Diplomata lia há pouco na revista Fortune que, de acordo com a US Travel Association, apenas 30 por cento dos americanos têm passaporte. E mais de metade das viagens internacionais dos americanos é para o Canadá ou para o México.

 

Llosa escreve sobre o Perú dos anos 50, mas influenciado pelo massacre de Uchuraccay

Alexandre Guerra, 22.07.12

 

Willy Retto, Eduardo de la Piniella, Pedro Sánchez e Félix Gavilano, quatro dos oito jornalistas prestes a serem assassinados na aldeia de Uchuraccay a 26 de Janeiro de 1983

 

Uma das melhores formas de se ir conhecendo as sociedades nos seus diferentes períodos históricos é através dos romances. Por vezes relegando os factos para um plano secundário (esse papel cabe aos historiadores), os escritores compensam com a riqueza literária para descrever as nuances sociais, tão importantes para caracterizar diferentes épocas, regimes e sistemas de Governo.

 

Três livros lidos recentemente levaram o autor destas linhas para diferentes épocas e países.

 

O primeiro livro aqui referido é “Quem Matou Palomino Molero?” (1986) de Mario Vargas Llosa. Longe de ser uma das suas obras maiores, o livro é muito interessante, porque parte do enredo à volta de um assassinato brutal numa localidade peruana nos anos 50 para analisar as relações de então entre a sociedade civil e o Exército.

 

Através das palavras de Llosa consegue-se perceber até que ponto o Exército era uma instituição fechada sobre si própria, mas presente de forma veemente no quotidiano das pessoas e facilmente orientada por interesses, por vezes, mais autoritários do poder político.

 

Este livro surge três anos depois de Llosa ter participado numa polémica comissão de investigação para apurar os contornos do massacre de Uchuraccay, aldeia onde forças governamentais e paramilitares combateram os guerrilheiros do movimento Sendero Luminoso. No meio destes combates morreram oito jornalistas a 26 de Janeiro de 1983 em circunstâncias que nunca ficaram totalmente esclarecidas. Também 135 aldeões perderam a vida.

 

No relatório entregue por Llosa os responsáveis do massacre foram identificados como sendo alguns camponeses, que mais tarde viriam a ser condenados e, provavelmente, com ligações ao Sendero Luminoso. No entanto, houve quem considerasse o relatório de Llosa uma tentativa de encobrir as acções das forças governamentais em Uchuraccay.

 

Uma coisa é certa, ao ler-se "Quem Matou Palomino Molero?" percebe-se que, de uma maneira mais ou menos directa, Llosa aproveitou alguma da sua experiência vivida durante os trabalhos na comissão para se inspirar para o seu livro.

 

"Gun violence" deverá ser o novo tema da campanha presidencial americana

Alexandre Guerra, 20.07.12

 

O atentado no cinema em Aurora, um subúrbio de Denver, perpetrado por um jovem de 24 anos fortemente armado e que vitimou 12 pessoas e feriu outras 59, que assistiam à estreia do último fime da saga Batman, poderá trazer para a campanha presidencial americana o tão polémico tema da "gun violence".

 

Nalguns blogues e imprensa online americana o assunto da regulação das armas na sociedade já mexe, e caso se confirme a sua entrada na agenda política, será, à partida, um tema bem mais incómodo para Mitt Romney do que para Barack Obama.

 

Texto publicado originalmente no Forte Apache.


Os alarmes de um conflito com o Irão voltam a soar no Médio Oriente

Alexandre Guerra, 19.07.12

 

Sobreviente do atentado de ontem na cidade búlgara de Burgas/Foto: Reuters 

 

Ehud Barak, ministro da Defesa israelita, não tem dúvidas que o atentado que vitimou cinco turistas israelitas, ontem, na cidade balnear de Burgas na Bulgária foi perpetrado pelo Hezbollah sob os auspícios do Irão. Também Avigdor Liberman, chefe da diplomacia hebraica, informou que este ataque tem a impressão digital iraniana. 

 

Por esta altura, o Diplomata tem a certeza que os "falcões" israelitas estão a pressionar o líder do Executivo, Benjamin Netanyahu, para avançar em força contra o Irão. A julgar pelas declarações de "Bibi", aqueles não deverão ter que se esforçar muito para terem a sua vingança. Netanyahu já disse que "Israel vai responder ferozmente contra o terror iraniano".

 

Bunker di Roma

Alexandre Guerra, 15.07.12

 

Bunker da Villa Torlonia/Foto:Bunker di Roma 

 

Roma é daquelas cidades em que em cada esquina se tropeça num monumento histórico, seja da antiguidade clássica ou de períodos mais recentes. Mas o que poucos saberão é que existe uma outra atracção turística na capital italiana, embora mais escondida dos olhares do grande público.

 

No interessante site Bunker di Roma, lançado há poucos dias, fica-se a conhecer a rede de refúgios subterrâneos em Roma construída durante os anos 30 e 40 pelo ditador Benito Mussolini. 

 

Um dos bunkers situa-se mesmo debaixo da Villa Torlonia, o palacete onde viveu "Il Duce" com a sua família. Sendo actualmente propriedade do Município de Roma, aquele palacete foi recuperado em 2006, funcionando como museu. Quanto ao bunker, foi mandado construir por Mussolini, e vai agora abrir ao público.

 

Nesta reportagem da BBC NEWS fica-se com uma ideia do que se poderá encontrar.

 

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