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O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

Leituras

Alexandre Guerra, 30.06.09

 

No dia em que as tropas de combate americanas deixam as cidades iraquianas, ao abrigo do acordo estabelecido entre Washington e Bagdad, inciando-se, assim, a primeira fase de um longo processo de retirada daquelas forças do Iraque, o Diplomata sugere a leitura do editorial do New York Times.

 

The First Deadline é um extenso artigo que dá uma excelente visão da actual conjuntura do Iraque.

 

Jornalista escreve no Diplomata sobre o seu encontro com o ayatollah Montazeri

Alexandre Guerra, 29.06.09

 

No âmbito dos acontecimentos verificados no Irão nas últimas semanas, o Diplomata convidou a jornalista Margarida Mota, há vários anos na secção internacional do Expresso e conhecedora da realidade iraniana, a dar o seu contributo neste espaço.

 

Num texto a ser publicado aqui na Quarta-feira, a Margarida partilhará a sua experiência por terras persas, tendo sido, nos últimos anos, uma das jornalistas ocidentais que teve o privilégio de falar com o grande ayatollah Montazeri, uma das eminências religiosas mais respeitadas do país.

 

Montazeri, que em tempos foi dado como o sucessor do então líder supremo, o ayatollah Khomeni, é hoje uma das vozes críticas ao regime, tendo a Margarida partilhado com ele os seus pensamentos e visão face à sociedade iraniana.

 

E porque a morte de Michael Jackson se tornou num acontecimento planetário...

Alexandre Guerra, 26.06.09

 

Memorial na Embaixada dos EUA em Moscovo/Sergei Chirkov/PressphotoAgency

 

E porque a morte de Michael Jackson se tornou num acontecimento planetário e, de certo modo, a sua pessoa ficará para sempre gravada na história das sociedades pós-modernas, à semelhança de Kennedy, como alguém disse, o Diplomata não poderia deixar de fazer aqui uma referência.

 

Mas, como tanto se tem dito sobre Jackson, o autor destas linhas faz uma modesta homenagem e revela, curiosamente, a vertente mais rock do Rei da Pop.

 

Um lado menos explorado pelo próprio artista e menos identificado pelos admiradores, mas sempre presente desde o Thriller até aos anos mais recentes.

 

Nem sempre foram evidentes esses momentos que extravasaram para o rock, mas são reveladores de um lado mais agressivo de Jackson, que recorreu quase sempre à guitarra para expressar essa sua tendência. 

 

Na maior parte dos casos não se tratam de abordagens demasiado óbvias, mas antes momentos musicais de grande qualidade, seja através de um solo, de um riff, ou de um acorde mais arpejado, mas que fazem a ponte da Pop para o rock. 

 

Ao ouvir-se com atenção as músicas abaixo referidas, percebe-se que são introduzidas sonoridades e "toques" que entram no campo do rock, reveladores do talento imenso de Jackson e da sua virtuosidade para a criatividade musical fosse em que género fosse.   

 

Beat it, do mítico Thriller (1982), conta com o acompanhamento na guitarra de Eddie Van Halen, que utiliza no solo principal uma técnica (tapping) em que o próprio é especialista, e que marca claramente o carácter mais rock da música.

 

Dirty Diana, do Bad (1987), na qual o guitarrista Steve Stevens, ex-companheiro de banda de Billy Idol, usa e abusa da guitarra com distorção ao longo de toda a música.

 

Give in to me, do álbum Dangerous (1991), um single que nunca foi lançado nos Estados Unidos, que conta com a participação de Slash, ex-guitarrista dos Guns N'Roses, dando a sonoridade subtil da sua Les Peaul, utilizando sempre som limpo, sem qualquer tipo de distorção. 

 

Estudo analisa a origem dos novos votos de Mahmoud Ahmadinejad

Alexandre Guerra, 23.06.09

 

A Chatam House e o Institute of Iranian Studies, da University of St. Andrews, publicaram uma análise preliminar dos resultados eleitorais das presidenciais iranianas. Trata-se de um estudo bastante detalhado e que tenta dar resposta à questão central: "Where did Ahmadinejad's New Votes Come From?"

 

Os investigadores estabeleceram um modelo comparativo entre as recentes eleições presidenciais e as de 2005.

 

Revitalizar o espírito dos descobrimentos para Portugal assumir liderança global

Alexandre Guerra, 22.06.09

 

 

Ao longo desta Segunda-feira o autor destas linhas teve o privilégio de ouvir Partha S. Ghosh (MIT), presidente e mentor da Boston Analytics e um dos mais reconhecidos estrategos e inovadores nos modelos de Gestão e de Economia.

 

Num primeiro momento, Ghosh deu uma entrevista ao Jornal de Negócios, falando num tom mais descontraído e explicando as possibilidades estratégicas de Portugal na economia global.

 

À tarde, na Culturgest, Partha S. Ghosh foi o orador convidado pelo Fórum de Administradores de Empresas (FAE) e pelo MIT Portugal para participar na conferência “Advancing the Promise of Portugal in the 21th Century: Towards a New Leadership Resolve”, com o apoio da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

 

Durante a sua apresentação, Partha S. Ghosh falou sobre as possibilidades e os desafios que se vislumbram para um país como Portugal. Mas, para que o futuro possa ser profícuo é necessário descobrir o próximo paradigma económico que conduza a um novo estado de consciencialização.

 

Partha S. Ghosh reflectiu sobre papel estratégico de Portugal nas dinâmicas globais emergentes. Referiu que para Portugal se colocar estrategicamente numa posição de liderança da Renascença Global, terá de revitalizar o espírito descobridor do séc. XV, promovido por aquele que foi o primeiro homem da globalização, Vasco da Gama.

 

Mas, neste mundo de Renascença global é preciso compreender a importância crescente do intelecto humano e ao mesmo tempo evitar-se modelos de pensamento linear. Só assim é possível, por exemplo, criar-se uma nova indústria ou uma nova relação com a natureza.

 

Além disso, Portugal tem que ser capaz de assegurar uma conectividade estratégica com o mundo através daquilo que lhe é distintivo e que lhe dá mais valor em relação aos outros países.

 

Partha S. Ghosh explicou ainda como é importante a criação de plataformas de crescimento em diferentes regiões de Portugal. Disse ainda que este país apresenta uma vantagem em relação a outros Estados, já que não é excessivamente grande, o que possibilita as mudanças de paradigma mais rapidamente, mas é grande o suficiente para ser um actor relevante no mundo global. 

 

Partha S. Ghosh é actualmente consultor em diversas organizações multinacionais e líder das consultoras Boston Analytics e Intersoft. Foi partner da McKinsey & Company e fundador da Partha S. Ghosh & Associates e tem vindo a cimentar a sua posição como analista e arquitecto de modelos e ferramentas financeiros para multinacionais e agências governamentais.

 

Ghosh é ainda particularmente activo nas academias norte-americanas MIT, Harvard University e Tufts University.

 

Ralf Dahrendorf era uma "síntese em si mesmo"

Alexandre Guerra, 21.06.09

 

 

No obituário do El País lia-se que Ralf Dahrendorf, falecido na passada Quarta-feira aos 80 anos em Colónia, era uma "síntese em si mesmo", sendo uma das poucas pessoas que se conseguia definir ao mesmo tempo como alemão e como britânico.

 

Relembre-se que Dahrendorf era cidadão britânico e membro da Câmara dos Lordes desde 1988, mas nascera em Hamburgo, a 1 de Maio de1929. Em tempos perguntaram-lhe numa entrevista que cidade ele considerava a sua casa e a resposta foi clara: "Sou um londrino." 

 

Dahrendorf combinou sempre o liberalismo político com uma visão social da economia. O sociólogo político, que entre 1974 e 84 foi presidente da London School of Economics and Political Science,  era ainda um europeísta sincero ao mesmo tempo que via no eixo atlântico uma necessidade natural. Entre 1987 e 1997 foi warden da St. Antony's College da Universidade de Oxford.

 

Acima de tudo, Dahrendorf era um homem da democracia política, enquanto veículo para se alcançar a liberdade. Aliás, como refere Teresa de Sousa num artigo no Público,  "o seu amor pela liberdade talvez o tenha aprendido nos anos da sua juventude, quando teve de conviver com dois totalitarismos. Disse muitas vezes que os dois anos mais importantes da sua vida tinham sido 1945 e 1989".

 

Antes de se dedicar à academia, já Dahrendorf era um político, muito por causa da influência do pai, um liberal que chegara a ser membro do Reichstag entre 1932 e 1933 pelos social democratas do SPD. Foi sobretudo a partir dos anos 60 que a carreira política de Dahrendorf se intensificou, ocupando alguns cargos federais na Alemanha, chegando mesmo a ser comissário da Comunidade Europeia.

 

Leituras

Alexandre Guerra, 20.06.09

 

O New York Times publicou um excelente artigo sobre a subida do partido ecologista nas últimas eleições europeias em França. Liderado por Daniel Cohn-Bendit, o movimento ecologista em França parece ter conquistado votos importantes ao Partido Socialista. Em A Green Coalition Gathers Strength in Europe compreende-se o enquadramento de tal subida nas urnas.

 

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