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O Diplomata

Opinião e Análise de Assuntos Políticos e Relações Internacionais

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Os seis critérios de Severiano Teixeira

Alexandre Guerra, 27.02.07

 


Soldados portugueses em patrulha no Afeganistão


"Ponderação entre a defesa da soberania e os deveres das alianças permanece depois do 11 de Setembro." Com este princípio, Severiano Teixeira define uma das linhas orientadoras da sua actuação como titular da pasta da Defesa. Num artigo publicado hoje no Público, intitulado de "Portugal e as novas missões de paz", é sublinhada e importância crescente da intervenção das forças portuguesas em missões de paz.


Para Severiano Teixeira esta é a resposta adequada aos desafios que se impõem no actual sistema internacional a um país que tem vários compromissos perante os seus aliados. De facto, esta é uma posição responsável e, efectivamente, tida igualmente em conta nos últimos anos pelos antecessores de Severiano Teixeira.


Assim, são referidos (e bem) os exemplos da Bósnia-Herzegovina, do Kosovo, do Afeganistão do Congo e do Líbano. É também justamente salientado o desempenho positivo das tropas nacionais naquelas missões.


Perante o dever de intervenção no âmbito dos compromissos políticos e a defesa dos interesses nacionais, Severiano Teixeira define seis "critérios" que mais não são do que os "parâmetros que orientam as decisões do Governo sobre a participação portuguesa nas missões de paz".


A forma clara e sistematizada como Severiano Teixeira expôs a doutrina que rege a intervenção militar portuguesa em cenários externos é um contributo positivo para a comunicação política entre Executivo e opinião pública, e que poderia ser seguido por outros ministros de forma a compreender-se melhor quais os princípios ou critérios que conduzem a determinadas decisões.                            Alexandre Guerra