Com critérios editoriais destes, não se admirem...
A China espoletou ontem um "crash" bolsista, registando a pior queda numa década (9 por cento). Horas depois, todos os principais índices bolsistas mundiais foram arrastados, começando pela Ásia, passando pela Europa e chegando aos Estados Unidos. Uma "terça-feira negra" para os accionistas e para as empresas cotadas em bolsa.
Hoje, todos os jornais e sites de informação internacionais destacam o que se passa nas principais praças financeiras. Mas, a julgar pelos espaços informativos televisivos das 13 horas desta quarta-feira e pelas manchetes dos dois jornais ditos de "referência" de Portugal, parece que nada de significativo aconteceu ontem.
Que as televisões se ausentem destas matérias, é já uma triste realidade que a poucos surpreende, mas Público e Diário de Notícias não considerarem o assunto suficientemente importante para o chamar à primeira página é revelador da mediocridade que reina nas chefias.
Depois, há ainda quem se admire que os jornais de referência estão em crise. Com desatenções e critérios editoriais deste tipo, não há publicação que aguente.
Hoje, as perdas continuavam nas praças financeiras... Talvez amanhã já-se descortine uma "chamadinha" de primeira página no Público ou no DN. AG